29 novembro, 2010

A canção que apresentou o reggae


Até ali a Jamaica era apenas uma ilha paradisíaca no mar do Caribe. Em 1974 Bob Marley já havia gravado dois discos, porém o mundo ainda desconhecia o Reggae. Quando Eric Clapton gravou “I shot the Sheriff” foi dada a largada para a procura do ritmo que caracteriza o país caribenho.

A versão de Clapton para a composição de Bob Marley chegou ao primeiro lugar nas paradas da Billboard e apresentou o artista jamaicano para o mundo. Bob Marley seria o primeiro pop star do terceiro mundo. Depois disso o reggae passou a ser gravado por outras bandas de sucesso, como o Led Zepellin, que fizeram Dyer Maker.


“I shot the shefiff” conta a história de um homem que é acusado de atirar no delegado da cidade, mas é erradamente condenado pela morte do xerife que se chamaria John Brown. Marley diz que algumas partes da música são verdadeiras, mas nem todas. Depois do sucesso, Bob Marley escreveu “Mr. Brown”, provavelmente sobre o mesmo caso. Esse personagem é recorrente nas letras do cantor. Brown também aparece na música “Bad Boys”, de 1987.

“I shot the Sheriff” já fez parte da trilha de um episódio de Os Simpsons, da série Supernatural, Um maluco no pedaço (com Will Smith), e jogos de vídeo game como Warcraft. Enfim, esta é a canção que apresentou o reggae ao mundo e transformou Bob Marley num pop star.


22 novembro, 2010

Paul McCartney sacode o Estádio do Morumbi

Por Mariana Coutinho

Divulgação/ Marcos Hermes

A meteorologia indicava raios e trovões. Mas, naquela noite de domingo, alguma magia poderosa soprou as nuvens para bem longe da capital paulista e revelou uma lua cheia cor-de-caramelo sobre o Estádio do Morumbi. Era o primeiro indício de que aquela seria uma noite para ficar na memória.

Os portões foram abertos às 17h30. Muito antes disso, filas que atravessavam quarteirões já tinham se formado em frente a cada entrada do estádio. Foi interessante observar a expectativa crescendo entre o público que esperava Paul McCartney. Ainda com o dia claro o estádio já estava quase cheio. Enquanto o pessoal da pista prime se espremia para conseguir o melhor ângulo, a pista normal passava o tempo brincando com uma bola gigante de um dos patrocinadores do espetáculo, e as arquibancadas se aqueciam com ‘olas’ contínuas, as primeiras tímidas e as seguintes mais intensas.

Sir. Paul McCartney manteve sua pontualidade britânica e começou o show por volta das 21h35. Quando as luzes do estádio se apagaram, todos tinham certeza de que tudo valera a pena para ver aquele que era iluminado pelo ponto de luz no palco. Aos 68 anos, Paul tem uma disposição invejável, além do talento óbvio e da simpatia inegável. É um artista completo. E seu show emociona até o mais cético e faz gritar o mais contido.

O ex-beatle interpretou canções de suas duas bandas e da carreira solo de uma forma intensa e totalmente comprometido em fazer o melhor para aquele público que tanto aguardava sua apresentação. McCartney é zeloso com o público. Fica horas cantando sem parar nem para tomar água, decora frase inteiras em português para tirar sorrisos e respostas empolgadas da plateia, improvisa uma canção em homenagem a São Paulo e no final se empolga para pegar bandeiras do Brasil atiradas pelo público e acaba caindo no palco, sem maiores conseqüências, felizmente. Paul quer fazer daquela noite um momento perfeito. E consegue.

A banda também se esforça para fazer o melhor. O guitarrista arrebenta no solo de ‘Something’ e o baterista improvisa coreografias em ‘Dance Tonight’. Os músicos são impecáveis, uma banda de verdade. A plateia, envolvida totalmente pelo clima, quer devolver a Paul toda aquela emoção. São isqueiros em ‘Let it Be’, balões brancos em ‘A Day in the Life/ Give Peace a Chance’, coro afinado em ‘Hey Jude’ e gritaria intensa em ‘Helter Skelter’. Paul conversa com o público e recebe respostas em uníssono. Por várias vezes os fãs gritam “Paul, Paul, Paul”, ou “We Love you, yeah, yeah, yeah”, ao que ele responde sem reservas “I love you, yeah, yeah, yeah”.

É difícil apontar os momentos mais empolgantes ou emocionantes do show. Mas as músicas mais marcantes foram provavelmente: “Hey Jude”, “Let it be”, “Yesterday”, “A Day in the life/ Give Peace a Chance”, “Something”, “Helter Skelter”, “The Long and Winding Road”, "Live and Let Die" e “Band on the Run”. Eu pessoalmente vibrei muito também com “And I love her”, “I’ve Just Seen a Face”,“My Love” e "Eleanor Rigby". Apagada no White Album, “Ob-La-Di, Ob-La-Da” se mostrou muito eficiente no show, com um coro animado. Canções como “Jet” e “All My Loving”, logo no início, também levantaram o público.

Depois de quase 3 horas de show, Paul se despediu de São Paulo não com um ‘adeus’, mas com um ‘até logo’. Agora só nos resta esperar que ele cumpra com a palavra e volte logo mesmo.

Assista abaixo o karaokê de 64 mil vozes cantando ‘Let it be’ com Paul McCartney no Estádio do Morumbi:



Veja também:

Especial "1 ano A Trilha Sonora": Centenário de Adoniran Barbosa

Por Raiane Nogueira

Para fechar as comemorações de 1 ano de A Trilha Sonora, hoje lembramos o centenário do sambista paulistano Adoniran Barbosa, um dos grandes nomes da nossa música. Clique na imagem e confira o hotsite feito em homenagem a ele. Agradecemos a todos que visitaram o blog durante a semana e participaram dessa festa com a gente.


Parabéns, A Trilha Sonora!

20 novembro, 2010

Especial "1 ano A Trilha Sonora": 50 anos de Renato Russo


O primeiro aniversário a gente nunca esquece e, por isso, merece uma mega comemoração. Depois de posts especiais sobre os 20 anos da morte de Cazuza, 100 anos de Noel Rosa e de 70 anos de John Lenon agora é a hora do ícone do rock brasileiro Renato Russo. O líder da Legião Urbana, morto há 14 anos, completaria 50 anos em 2010. Hoje @atrilhasonora comemora seu aniversário mostrando, num hotsite especial, a história de Renato Russo.

Especial "1 ano A Trilha Sonora": 70 anos de John Lennon


A festa de aniversário da Trilha Sonora continua. Nesta sexta, o blog relembra a vida de John Lennon. O ano de 2010 marca tanto o aniversário de 70 anos de nascimento quanto os 30 anos da morte do ícone. A humilde homenagem da Trilha Sonora ao homem que foi uma das personalidades mais importantes do século passado é o nosso hotsite especialmente criado para a ocasião, que pode ser visitado clicando aqui ou na imagem abaixo.



Boa diversão!

19 novembro, 2010

Especial "1 ano A Trilha Sonora": 100 anos de Noel Rosa

Por Robson Sales

'A Trilha Sonora' comemora o primeiro aniversário lembrando outras datas comemoradas em 2010. No primeiro dia de especiais, apresentamos o hotsite sobre os 20 anos sem Cazuza. Hoje é a vez de lembrar dos 100 anos de Noel Rosa, o poeta da Vila e um dos maiores sambistas de todos os tempos. Clique na figura para ver o especial sobre Noel Rosa:

17 novembro, 2010

Especial "1 ano A Trilha Sonora": 20 anos sem Cazuza

Por Mariana Coutinho

Na semana em que 'A Trilha Sonora' completa 1 ano, o blog lembra outras datas comemoradas em 2010. No primeiro dia de especiais, apresentamos o hotsite sobre os 20 anos sem Cazuza. Um dos maiores poetas da música brasileira nos deixou no dia 7 de julho de 1990, vítima da Aids. A Trilha Sonora lembra a vida e a música de Agenor Miranda Araújo Neto:

No dia 17 de novembro de 2009 nascia em Niterói o blog de música criado por cinco alunos de jornalismo da UFF: Luiza Baptista, Luiza Barros, Mariana Coutinho, Raiane Nogueira e Robson Sales. O que começou como um trabalho para a faculdade acabou se tornando um blog de verdade. Nesse 1 ano de vida, A Trilha Sonora já resenhou shows marcantes, entrevistou gente famosa e até ganhou prêmio da Rádio SulAmerica Paradiso. Queremos agradecer a todos que tem nos acompanhado durante esse primeiro ano, e pedir para que fiquem de olho nos outros especiais que o blog apresenta durante a semana.

14 novembro, 2010

Whip my hair – Willow Smith

Com apenas dez anos, uma menina está fazendo a cabeça de muitas crianças por aí. Com a música Whip my hair em todas as rádios e programas de televisão, Willow Smith desponta como a próxima sensação do showbis dos Estados Unidos. O país que adora lançar jovens cantores, nem sempre talentosos, colocou Willow no topo das paradas.

Primeiro, Will Smith colocou o filho no cinema, o garoto chegou a fazer filmes com o pai e mais recentemente lançou o remake de Karate Kid com Jackie Chan. Agora é a vez da filha no mundo da música. O senhor Smith também já gravou suas músicas, a maioria raps, mas a carreira de ator se mostrou bem mais promissora.

Na verdade, Willow começou seguindo os passos do pai, a menina atuou nos filmes I Am a Legend e Kit Kittredge: an american girl. Afinal, todos no mundo do entretenimento são cantores/atores/dançarinos.

A jovem cantora é constantemente comparada à Rihana, pelo estilo do cabelo e das roupas. Desde cedo, Willow parece adorar lançar tendências. No clipe Whip my hair, o cabelo está diferente a cada seqüência, assim como as roupas, acessórios e unhas.

O aguardado vídeo começa com a estrela mirim balançando os cabelos e espalhando cores pela sala branca e sem graça. Ansiosos pelo clipe, alguns fãs não quiseram esperar e fizeram suas versões antes do lançamento.


De tanto jogar os cabelos, a apresentadora Ellen Degeneres entregou uma colar para proteger o pescoço da menina. Se o sucesso continuar, ela realmente vai precisar. Assista ao clipe da pequena cantora e avalie se ela tem futuro.

13 novembro, 2010

Música Internacional Brasileira – parte 2

Por Raiane Nogueira

Recentemente, destaquei em A Trilha Sonora alguns exemplos da inserção da música brasileira no exterior, a partir de versões de cantores estrangeiros. É a chamada Música Internacional Brasileira. Dando continuidade ao assunto, hoje vou falar sobre um outro fenômeno que tem contribuído para espalhar nosso ritmo mundo afora: artistas que saem do Brasil para fazer carreira cantando MPB em outros países.

Há muitos cantores, alguns pouco conhecidos entre nós, que investiram na carreira internacional e hoje possuem um público consolidado fora daqui, uma legião de fãs gringos.

Um grande exemplo é o niteroiense Sergio Mendes, um dos músicos brasileiros mais cultuados no exterior. Ao descobrir o valor da nossa música nos EUA, o cantor se mudou para lá, onde hoje é muito reconhecido. Em 1993, ele chegou a ganhar o Grammy de “Melhor Disco de World Music". Um dos últimos CDs de Sergio Mendes, Timeless (2006), contou com a participação de artistas famosos, como Stevie Wonder, Justin Timberlake, John Legend e Will.i.am – com quem fez várias parcerias. O destaque do álbum foi Mas que nada, gravada com o Black Eyed Peas:



Outra que tem levado um pouco de música brasileira aos EUA e Europa é Bebel Gilberto. Filha de João Gilberto e Miúcha, a cantora uniu a bossa nova do pai à música eletrônica e conquista espaço nas pistas de dança do exterior. Desde 2000, já vendeu mais de 2,5 milhões de discos e teve músicas incluídas em filmes e séries internacionais. Por aqui, de vez em quando ela aparece em trilhas de novelas, como em Viver a Vida, com Chica chica boom chic, e em Laços de Família, com So nice:



Por fim, selecionei uma banda que, apesar de ser pouco divulgada aqui, nos representa muito bem na Holanda. É o Zuco 103, grupo fundado pela brasileira Lilian Vieira, que abandonou a faculdade de Enfermagem no Brasil e foi estudar canto em Roterdã, onde conheceu o alemão Stefan Schmid (teclados) e o holandês Stefan Kruger (bateria). Ouvi a banda pela primeira vez em uma versão empolgante de Bebete vãobora e logo virei fã. O trio mistura de forma ousada samba com música eletrônica e o resultado é muito legal. Em 2000, o Zuco 103 venceu o prêmio holandês “Heineken Crossover Award”. Confira a atuação da banda, na louca Na Mangueira:



Estes são apenas três, entre tantos cantores talentosos que circulam por aí, levando um pouco de nossa música e cultura a outros países.
Se você conhece algum outro exemplo, compartilhe com a gente!

Pesquisa:
CliqueMusic UOL
Wikipedia

09 novembro, 2010

Trilha Nova - Tiger Suit (KT Tunstall)

Por Mariana Coutinho

KT Tunstall
2010
EMI Music


(1. Uummannaq Song/2. Glamour Puss/3. Push That Knot Away/4. Difficultly/5. Fade Like a Shadow/6. Lost/7. Golden Frames/8. Come On, Get In/9. (Still A) Weirdo/10. Madame Trudeaux/ 11. The Entertainer)



O terceiro disco de estúdio da escocesa KT Tunstall mantém o estilo pelo qual ela ficou conhecida: uma mistura de pop e folk. Apesar de não ter um hit tão forte como "Suddenly I See", de seu primeiro álbum "Eye To The Telescope", ou "Hold On" do segundo disco "Drastic Fantastic", Kate certamente consegue alcançar as paradas com a dançante "Fade Like a Shadow" que flerta com música eletrônica. Assista o clipe de "Fade Like a Shadow" abaixo:


Tiger Suit tem boas experimentações como a música de abertura "UUmmannaq Song", "Put That Knot Away" e "Madame Trudeaux". Depois de "Fade Like a Shadow", outra canção que tem potencial para hit é "(Still A) Weirdo". Os efeitos vocais nessa música dão um tom muito interessante e o arranjo simples só ajuda. Já "Difficult" mostra que a levada eletrônica contribuiu bastante para o pop de Tunstall.

Mais introspectiva, "Lost" segue um estilo que se aproxima do folk, assim como "The Entertainer". Mesmo com efeitos eletrônicos em várias músicas, e um certo experimentalismo, o álbum se constrói essencialmente pela bela voz de KT Tunstall e sua sensibilidade para combinar tendências. Pode-se dizer que Tiger Suit não tem o mesmo apelo dos discos anteriores, mas é um bom álbum para ouvir no carro, no ipod ou no computador.

Veja também:

07 novembro, 2010

Clipes Inesquecíveis – Take On Me (a-ha)


Qual fã de quadrinhos nunca pensou em conhecer seu personagem favorito na vida real? Pois é o que acontece no clipe de 1985 do a-ha, "Take on me". Em quase quatro minutos, o filme conta a história de uma moça que entra dentro de uma revista em quadrinhos e lá dentro conhece o mocinho, interpretado pelo vocalista Morten Harket. Os dois enfrentam vilões e, no fim, conseguem escapar ilesos. A história bonitinha, acompanhada por um dos maiores hits da banda norueguesa, fez com que o clipe ganhasse seis prêmios no MTV Video Music Awards de 1986, incluindo melhor conceito de vídeo, vídeo mais experimental e escolha do público.


"Take on me" foi dirigido por Steve Barron, o mesmo homem responsável pelo clipe de "Billie Jean", de Michael Jackson. Para unir desenho e live-action, o diretor optou por uma ténica conhecida como rotoscopia. Nela, um dispositivo chamado rotoscópio permite que quadros de filmagens sejam redesenhados para serem utilizados em uma animação. Quase 3 mil quadros passaram pelo processo, que durou 16 semanas. Portanto, não é a toa que os personagens desenhados de Harket e da atriz Bunty Bailey sejam tão parecidos com as suas versões de carne e osso. O romance entre os dois, inclusive, não ficou apenas nos quadrinhos: a atriz e o vocalista engataram um namoro após se conhecerem no set de filmagens. Ela chegou a participar também do clipe de "The sun aways shine on TV", antes de trocar Harket por outro ícone dos anos oitenta: o cantor Billy Idol.

É claro que o clipe romântico e bem feito ajudou "Take on me" a explodir nas paradas no mundo inteiro, mas a música tem seu valor por si só. Até hoje tocada com frequência nas rádios, a música é um dos grandes clássicos dos anos 80 e conta com instrumentos que marcaram a música pop daquela década: sintetizadores e teclados. Não importa qual o motivo, o clipe merece ser assistido até hoje.

05 novembro, 2010

A quoi ça sert l'amour - Édith Piaf

Por Luiza Baptista

Não é dia dos namorados ou qualquer data especial, mas o post de hoje tem um clima apaixonado. E como Paris é a capital do amor, nada melhor que uma música em francês para colocar romance no ar. Estou falando da bela “A quoi ça sert l’amour” de Michel Emer, brilhantemente interpretada por Édith Piaf (já conhece a história da cantora? Clique aqui e descubra) e Théo Sarapo.



A apresentação do dueto aconteceu em 1962 no Olympia e foi a última aparição da cantora no local. No mesmo ano, no dia 9 de outubro, o casal selou a união. Piaf queria ajudar a lançar a carreira do amado e chegou a fazer declarações de amor a ele: “Sarapo, a única palavra grega que eu conheço, significa eu te amo”.

A canção serviu de inspiração para a criação de uma engraçada e romântica animação. O diretor e ilustrador Louis Clichy fez uma história de amor entre dois jovens a partir da música. Ele mostra os encontros e descontros dos namorados, com direito a muitas brigas, reconciliações, ciúmes, e, é claro, cenas fofas e beijos.

Assista ao vídeo e entre no clima do romance!


03 novembro, 2010

O jingle político mais famoso


Este blog não tem nenhuma conotação eleitoral, mas a festa da democracia não poderia passar em branco. São várias músicas e jingles que fizeram e fazem sucesso há vários pleitos. Mas um é inconfundível.

Em 1985, Eymael foi candidato a prefeito de São Paulo, mas não se elegeu, ficando nas últimas posições. Mas seu jingle de campanha, cujo refrão dizia "Ey Ey Eymael, um democrata cristão", ficou bastante popular.

Criado por um militante do partido, e hoje um de seus dirigentes, José Raimundo de Castro, o jingle tornou-se referência na história política recente do país e é considerado um case de comunicação.

O jingle original dizia: "para prefeito em 15 de Novembro é Eymael, o candidato da Renovação". Em 1986 foi modificado em: "Pra deputado federal queremos Eymael, a voz do povo na Constituição". Em 1998 foi modificado para: "pra presidente do Brasil queremos Eymael, pela família e pela nação". Na eleição de 2006, foi modificado para: "pra presidente é José Maria Eymael, pela família e pela nação". Em 2010, novamente modificado: "pra presidente é 27, o nome é Eymael, pela família e pela nação".

Em homenagem, apresentamos o jingle nas mais variadas versões.


Veja tocada no piano:



Até o Tim Maia, depois de tomar uma dose de uísque (?), se deixou levar pelo jingle mais famoso de todos:


02 novembro, 2010

Gorillaz em: Clint Eastwood

Por Raiane Nogueira

Ainda nesse clima um pouco macabro, com fantasmas e zumbis, hoje vamos relembrar um clipe que lançou no mercado músicos um pouco... diferentes. Criada pelo ex líder do Blur Damon Albarn e formada por personagens de animação, surgia em 2001 a banda virtual Gorillaz, estreando ao som do single Clint Eastwood:



Apesar de ter uma letra tranquila, a música ganhou um clipe meio sinistro. O vídeo começa com uma citação em japonês e inglês do filme O Despertar dos Mortos (Dawn of the Dead - EUA, 1978): "Todo corpo morto que não é exterminado, levanta-se e mata. As pessoas que ele mata, levantam-se e matam". Credo... que medo. A risada maligna do baixista Murdoc, logo no início, integra o cenário aterrorizante.

Clint Eastwood ainda conta com a participação do rapper Del The Funky Homosapien, que aparece no vídeo como um fantasma que sai do corpo do baterista Russel. A voz arrastada do vocalista 2-D também contribui para o ambiente obscuro. Cemitério, raios, tempestade e até gorilas zumbis perseguindo os integrantes da banda completam o clima de terror. A descontração fica por conta dos mesmos gorilas dançando Thriller, além do pequeno e sorridente guitarrista Noodle, que salva todo mundo no final.

A animação foi dirigida por Jamie Hewlett e Pete Candeland, e concorreu ao prêmio de Videoclipe Revelação no Video Music Awards. O clipe fez muito sucesso na época e chegou a ganhar versão em videogame, disponível no site da banda.

Agora, você deve estar se perguntando: afinal, por que Clint Eastwood? A música tem inspiração no filme Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo - Itália, 1966), estrelado pelo ator Clint Eastwood. Além do título, há referências do filme na melodia, com uma mixagem que, se repararmos bem, lembra aquelas musiquinhas que retratam o faroeste. É bem interessante.

Pesquisa: Wikipedia