Se talvez o extenso nome da banda que assina esse disco não possa dizer nada para você, o de sua vocalista certamente diz: Janis Joplin. Lançado em 1968, Cheap Thrills foi o segundo e último trabalho da lendária cantora ao lado dos companheiros do The Big Brother and The Holding Company. A partir daí, a cantora seguiria para uma carreira solo, prematuramente encerrada com a sua morte, em outubro de 1970.
Um verdadeiro clássico, Cheap Thrills possui várias músicas que ficaram consagradas na voz de Janis, tais como “Summertime”, “Piece of My Heart” e “Ball and Chain”.
Assim como o seu conteúdo, a capa também é assinada por um outro grande ícone da época: o cartunista Robert Crumb, que esteve recentemente aqui no Brasil, na Festa Literária de Paraty. Uma grande fã do trabalho do desenhista, foi Janis quem o escolheu para assinar o desing gráfico. Mas apesar do voto de confiança, a cantora interferiu no trabalho final. Crumb queria que a história em quadrinhos com os nomes das faixas e dos músicos ficasse na contra-capa, enquanto a capa em si deveria ser um retrato de Janis. No entanto, a cantora achou a ilustração tão boa que mandou a gravadora Columbia colocá-la na frente.
Antes disso, a banda tinha outros planos para a capa: uma foto do grupo inteiro nu, na mesma cama. É claro que a ideia foi vetada pela gravadora. Mas o mundo da música não ficaria livre de hippies peladões em 1968. Em novembro, três meses após o lançamento de Cheap Thrills, chegaria às lojas o Unfinished music n° 1: Two Virgins, disco experimental de John Lennon e Yoko Ono, cujo maior feito foi mostrar ao mundo o que ele menos queria ver: os pelos pubianos do referido casal.
Melhor para o Cheap Thrills, que mais tarde foi eleito pela revista Rolling Stone como dono da nona melhor capa de disco de todos os tempos.
Ouvindo agora esse discaço. Como eu queria ter essa capa em mãos pra ver todos os detalhes.
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