08 janeiro, 2010

Trilha do Filme – Moulin Rouge


Moulin Rouge - amor em vermelho (Moulin Rouge!)
2001
Austrália/EUA
127 min
Direção: Baz Luhmann
Roteiro: Baz Luhmann e Graig Pearce
Elenco: Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo, Jim Boradbent, Richard Roxburgh.
Fonte: IMDb

“The greatest thing that you'll ever learn is just to love and be loved in return”. Algo como “a coisa mais importante que você vai aprender é amar e ser amado”. Os versos da canção “Nature Boy”, de Eden Ahbez, abre as cortinas do filme Moulin Rouge!, de 2001. Não restam dúvidas, este é um filme sobre o amor. Mas acima de tudo, é uma grande homenagem a todos que se aventuraram a falar sobre o tema através da arte.

Assisti o filme pela primeira vez aos quatorze, três anos depois de seu lançamento. Pessoalmente, achei muito melhor do que se tivesse assistido na época certa, no cinema. Moulin Rouge tem tudo a ver com os arroubos apaixonados dos adolescentes. Na minha escola era o favorito de muita gente, e lembro que cheguei a assistir a um grupinho de góticos representando El Tango de Roxanne com perfeição em plena aula de Educação Física. Não é a toa que todo adulto que o assiste parece se sentir jovem de novo – afinal, apesar de ser completamente surreal, o filme faz com que voltemos a acreditar no amor.


Inspirado no mito de Orfeu e na ópera de Verdi La Traviata, o filme conta a história de Christian (Ewan McGregor em sua melhor perfomance desde “Transpotting”), um jovem escritor que se muda para uma colorida Paris em plena efervescência cultural na virada para o século XX. Lá ele conhece um grupo de boêmios, liderado pelo pintor Toulouse-Lautrec (John Leguizamo), que pretende vender uma peça ao dono do Moulin Rouge, Harold Zidler (Jim Broadbent). É quando Christian e seus amigos vão visitá-lo que o jovem conhece a estrela do cabaré, Satine (Nicole Kidman), e se apaixona, como era de se esperar.

Como se pode ver, a ideia principal é simples. Mas o que torna Moulin Rouge especial é como a velha história do amor proibido é recontada pelo diretor australiano Baz Luhrmann, que também fez Romeu+Julieta. Não seria exagero dizer que o filme renovou o gênero musical, que andava sumido das grandes produções. Clássicos da cultura pop foram inseridos e reinventadas conforme a criatividade da produção permitia. Os cavalheiros que frequentam o Moulin Rouge cantam Nirvana, dois homens (o Duque e Zidler) fazem um dueto de “Like a Virgin”, e Ewan McGregor mostra um outro talento seu até então desconhecido, a sua ótima voz. O ponto alto da parte musical é quando Christian conquista Satine cantando “Your Song”, a canção que rendeu a Elton John o estrelato.


Se em seus primeiros momentos o filme é movimentado e tende para a comédia, a tensão aumenta constantemente conforme vão surgindo os obstáculos ao romance de Christian e Satine. Além do Duque (Richard Roxburgh), que deseja Satine e por isso pressiona Zidler, ainda há o mal do século que acomete a protagonista. Um dos melhores momentos dessa parte do filme é justamente a performance de Roxanne, do Police, em uma sombria versão, muitíssimo superior à original. E tem ainda a música tema do casal, “Come What May”, que acabou ficando de fora do Oscar por ter sido escrita primeiramente para Romeu+Julieta, mesmo que acabasse não sendo usada. Moulin Rouge, aliás, foi completamente desprezado pela Academia. Apesar das oito indicações, incluindo Melhor Filme, levou apenas dois Oscars menores, Direção de Arte e Figurino. Hollywood já foi mais romântica.

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2 comentários:

  1. Oiieee!!
    tudo bem??

    Vi o seu blog na comunidade do Blogspot & Wordpress no Orkut e gostei bastante! ^^

    Sorte e sucesso para você!

    Convido-te para passar no meu também:
    www.glamourfeminino.blogspot.com

    Beijão!

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  2. Eu nao gostei desse filme, nao sou mito fa do genero, onde os dialogos sao cantados!! Mas a trilha sonora é boa sim!

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