Por Robson Sales
O carro era vermelho, não usava espelho para se pentear e ainda andava de botinha sem meia. Essa era a imagem do homem moderno na época da Jovem Guarda. E podem acreditar: os brotinhos se derretiam por eles. Vindo do interior do Espírito Santo, Roberto Carlos chegou com suas madeixas e logo arrebatou as fãs.
Com seu parceiro inseparável Erasmo Carlos, o Tremendão, e a loiríssima Wanderleia, mais conhecida como Ternurinha, o trio conquistou São Paulo. Do programa homônimo na TV Record, chegou-se ao disco de estreia da Jovem Guarda, cuja estrela era o eterno Rei Roberto Carlos.
Sucesso absoluto de audiência, a ideia de batizar o LP como Jovem Guarda foi de Othon Russo, diretor da gravadora CBS, argumentando que isto reforçaria tanto a venda do disco como a audiência do programa de televisão.
O principal destaque do disco é uma música emblemática: Quero que tudo mais vá pro inferno. Numa época de libertação, Roberto Carlos criou o grito de guerra. A canção abre o Long Play e divide espaço com outras canções inesquecíveis do Rei: Lobo Mau, O Feio, Mexerico da Candinha, Pega Ladrão e Não é Papo Pra Mim
O disco Jovem ocupa a 85° posição em uma lista da versão brasilieira da revista Rolling Stone dos melhores discos brasileiros de todos os tempos.
Abaixo, diretamente do túnel do tempo, gravado no extinto teatro Record: Roberto Carlos cantando Quero que tudo mais vá pro inferno.
Abaixo, diretamente do túnel do tempo, gravado no extinto teatro Record: Roberto Carlos cantando Quero que tudo mais vá pro inferno.
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