29 junho, 2010

Karaokê

Por Luiza Baptista


Motivo de muitos risos e piadas, o Karaokê é diversão certa. Quem nunca tentou cantar Like a Virgin da Madonna, ou encarou o desafio de cantar Eduardo e Mônica, do Legião Urbana? A nota pouco importava, quem tirava 10 nunca era o mais lembrado, e sim aquele que rebolou com a Britney Spears ou imitou o Ney Matogrosso.

Como Karaokê não tem nenhuma graça sozinho, que tal juntar umas 13 mil pessoas para cantar junto? Gostou da ideia? Pois você não está sozinho nessa, a empresa T-Mobile promoveu ano passado um Karaokê coletivo em uma praça de Londres. Depois de protagonizar um dos mais famosos flashmobs (assista aqui), a empresa lançou um convite na internet. Os convidados aparecerem e lotaram a Trafalgar Square. Dois mil microfones foram distribuídos, e o público acompanhava as letras em um telão. A música Hey Jude dos Beatles encerrou com chave de ouro, e o Na, na, na, na na na na, na na na na, Hey Jude da canção virou campanha publicitária.





Ah, e se você não percebeu, a cantora Pink também participou do Karaokê coletivo.

27 junho, 2010

15 minutos de fama



As tardes eram frias e sem graça, até que uma ideia importada foi colocada em prática. O reality show Fama prometia revelar talentos, mas na verdade apenas levantou a audiência da Globo no começo da noite. Afinal, que fim teve os participantes das três edições do programa?

Apresentado pela Angélica, Fama era uma espécie de academia onde os participantes tinham aula de canto, dança, interpretação e teoria musical, entre outros ensinamentos para transformá-los em pop stars. Antes da atração a emissora carioca patinava em 18 pontos no IBOPE, num empate técnico com a rival Record. O reality elevou em três pontos os números globais e a concorrência passou a ter média de 13 pontos. Mas audiência não significa sucesso eterno.

Uma constatação que se encaixa perfeitamente no perfil da primeira vencedora do programa. Vanessa Jackson, com seus trejeitos de cantora americana, arrebatou o prêmio, gravou disco e sumiu. Nem a queridinha do público à época da primeira edição resistiu. Lívia Leite era a mais popular, mas foi eliminada pelos jurados, que alegavam falta de talento da cantora. Volto a perguntar: alguém aqui se lembra desses nomes?

Na final, quatro eram os candidatos à fama: João Batista, Adelmo Casé, Nalanda e Vanessa Jackson, que venceu a decisão com 40 % dos votos do público. Agora, querido leitor, lanço um desafio. De cabeça, alguém sabe onde foi parar alguns desses quatro finalistas?

No Fama Bis, a segunda edição do reality show, o vencedor nem chegou perto de se tornar uma estrela. O mineiro Marcus Vinícius venceu, mas a fama ficou para a sambista Roberta Sá. Logo em seu primeiro disco, Braseiro, Roberta Sá já encantou a crítica e o público a abraçou com carinho, numa sólida carreira. Outro participante que não levou o prêmio do programa, mas se firmou no mundo da música, foi Thiago André Barbosa, o Thiaguinho, que assumiu o vocal do grupo de pagode Exaltasamba.


A terceira e última edição do Fama foi marcado pelas duplas que se formaram após o programa. Os românticos Cydia e Dan gravaram duas edições do meloso DVD “Duetos Românticos”, que foi bem nas vendas. Os amigos Hugo e Thiago se juntaram e formaram mais uma dupla sertaneja, que não emplacou sucessos pelo país.

Quem resistiu mais tempo foi Ivo Pessoa. O cantor conseguiu que suas músicas abrissem várias novelas na Rede Globo, mas nada além disso. A bela Marina Elali também entrou em trilhas de novela, mas nunca deslanchou, foi apenas mais uma vítima dos 15 minutos de fama.

25 junho, 2010

Trilha Especial – Michael Jackson morreu há um ano. Você, não.

Por Luiza Barros

Eu tenho certeza de que você se lembra de como foi seu dia há um ano atrás. E que pessoas no Japão também se lembram. E na Austrália. E em tantos outros cantos do mundo. Por quê? Foi o dia em que
Michael Jackson morreu. E eu ainda estou para encontrar alguém que não se recorde dos exatos pormenores de quando recebeu a notícia de que o maior astro da música pop estava entre a vida e a morte.

Eu, por exemplo, estava numa aula (de Semiótica, caso você queira saber). A filha da professora ligou para ela, só para dar a notícia. No que a professora comentou, meio sem jeito, o que lhe haviam dito, quem tinha notebook se apressou em abrir e entrar em algum grande portal. Mesmo nas letras grandes e vermelhas, não parecia verdade. Não parecia certo, não fazia sentido. E aquela não era a reunião do fã clube do Michael Jackson, e sim uma aula como qualquer outra, com todo o tipo de alunos. Nenhum era tão fissurado pelo
Rei do Pop. Apenas pessoas que curtiam as músicas mais famosas, no geral. E mesmo assim, já deu para perceber que a aula não rendeu muito depois disso. Todo mundo estava pensando no Michael.

Só esta pequena história já mostra qual foi o impacto de
Michael Jackson na cultura popular. Michael foi grande. Chegou a um lugar que apenas Elvis e Beatles haviam chegado antes. Talvez seu grande azar tenha sido se tornar uma lenda antes mesmo de atingir a maturidade. Daí, a derrocada foi tão acelerada como o sucesso que transformou a criança prodígio em fenômeno midiático. De mágico, virou monstro.

Muito antes de sua morte, entender as razões pelas quais Michael havia caído em desgraça já era obsessão da própria mídia que alimentou suas loucuras. De nada adiantou, como ainda não adianta. Os detalhes do que se passava na mente de MJ quando resolveu aumentar sua dose de analgésicos continuarão tão inacessíveis quanto os de qualquer outra personalidade que tenha morrido em situações igualmente trágicas e misteriosas, de Marilyn Monroe a Jim Morrison, passando pelo caso recente de Heath Ledger. Teorias da conspiração não vão trazer ninguém de volta, nem fazer a morte ter mais sentido. A indústria que transforma artistas em mitos inatingíveis esquece-se de nos dizer a triste verdade: eles morrem, da mesma maneira que todos os outros milhões que compram revistas, discos, filmes, e outros infindáveis produtos com nomes de astros em letras bem brilhantes.

Enquanto a religião, a ciência e a filosofia se encarregam de encontrar um sentido para isso, eu proponho que a gente se ocupe de outra coisa: admirar a beleza que estas pessoas foram capazes de produzir. E que nós, que ainda estamos aqui, também podemos fazer. Abra um livro. Aumente o som. Chame alguém para dançar. Comece a fazer alguma coisa.


23 junho, 2010

Por onde anda Deborah Blando?

Por Raiane Nogueira

Incrível como trilha sonora de novela marca. Essa semana, do nada, me veio à cabeça uma música de A Indomada (1997), da Deborah Blando. Alguém por um acaso se lembra de Unicamente? Na época, achava a letra muito estranha, só entendia o refrão, quando ela gritava, “raiou o sol”!



Enquanto a música continuou na memória de muita gente, Deborah Blando parece ter caído um pouco no esquecimento. A cantora ítalo-brasileira fez sucesso nos anos 90. Seu primeiro single, Boy (Why you wanna make me blue), foi tema de um comercial da Coca-Cola – Diet Coke e entrou na trilha de Vamp (1991). A partir daí, ela começou a aparecer em diversas coletâneas de novelas da Globo.

Para ser mais exata, foram 10 músicas em trilhas de novelas. As mais conhecidas são Decadence Avec Elegance, do Lobão (Deus nos Acuda - 1992), A Maçã, de Raul Seixas (O Mapa da Mina – 1993), Somente o Sol (Corpo Dourado – 1998), Próprias Mentiras (tema de Íris, personagem de Deborah Secco em Laços de Família – 2000), When You Say Nothing At All, gravada com o cantor irlandês Ronan Keating (O Beijo Do Vampiro – 2002) e Chocolate com Pimenta, para a abertura da trama (2003):



Além da participação em trilhas de novelas, a cantora gravou músicas para os filmes Atlantis (2001), da Disney, e Xuxa e os Duendes 2 (2002), além de ter atuado em Xuxa Pop Star (2001).

Em 2000, Deborah Blando entrou em uma fase de crise, após desentendimentos com a gravadora Virgin/EMI. Pouco tempo depois, se afastou da carreira e foi para os EUA. Nesse período, procurou o budismo para amenizar o problema de Transtorno Bipolar. A cantora ainda aproveitou a temporada fora para “inovar”: em 2007, gravou o álbum de música eletrônica Polares, que também teve faixa em novela da Globo, Sete Pecados.

Durante a pesquisa, me surpreendi ao descobrir a quantidade de trabalhos que Deborah Blando fez depois de gravar Unicamente. Acho que meu maior problema foi reconhecê-la sem as roupas azuis e o terceiro olho colado na testa (o nome certo é “bindi”). Mas, com tantos estilos diferentes e sucessos isolados, fica mesmo difícil lembrar.

Pesquisa:
Wikipedia
Debora Blando oficial website

Veja também:
Por onde anda a banda B5?
Por onde anda o P.O. Box?
Por onde anda Vanessa Rangel?

21 junho, 2010

Clipes históricos: Like a Prayer - Madonna


Um dos videoclipes mais populares e polêmicos da carreira de Madonna foi lançado no final dos anos 80: Like a Prayer. Single do álbum homônimo, o vídeo conta o dilema da personagem vivida por Madonna. Testemunha de um assassinato, ela sabe que o rapaz incriminado é inocente e só leva a culpa pelo crime por ser negro. No entanto, Madonna tem medo de contar a verdade, já que foi vista pelos verdadeiros assassinos.

Assustada e confusa a personagem de Madonna procura a solução do seu problema na Igreja, onde se depara com um santo negro que chora lágrimas de sangue. No vídeo, o santo se transforma em humano e beija a mulher. Ela dança e canta em frente a cruzes em chamas. E na cena mais polêmica Madonna corta as mãos, formando estigmas como os de Jesus Cristo na cruz. Imaginem vocês que a Igreja Católica não gostou nada das referências religiosas da cantora pop!

No final do vídeo dirigido por Mary Lambert, Madonna percebe que o melhor a fazer é enfrentar o medo. Depois de cantar com um coral animado na Igreja, ela aparece dando depoimento no tribunal e inocentando o rapaz acusado.

Confira 'Like a Prayer' abaixo:



20 junho, 2010

Paródias - Parte I


Na minha época de escola as professoras adoravam nos obrigar a fazer paródias, eu achava extremamente chato, confesso. Adoro paródias, não me entenda mal, mas fazer paródias sobre Inconfidência Mineira ou Proclamação da República não era exatamente a melhor coisa do mundo. Talvez você não saiba o que é uma paródia, que desleixo da minha parte. Bom, segundo definições de dicionários, é uma imitação cômica de composições literárias, músicas e até filmes, as paródias geralmente incluem uma certa dose de ironia em sua composição. Na escola geralmente eram músicas, o que ainda incluía o desconforto de cantar na frente dos colegas.

Como é um blog de música, falarei apenas das paródias musicais. Para começar, que tal uma paródia do novo queridinho do mundo pop Justin Bieber?


A brincadeira foi produzida por Hélio de La Peña, do Casseta e planeta, e pelo grupo de humor Galo Frito. Essa paródia, como tantas outras, causou muita polêmica entre as fãs do rapaz que, obviamente, não gostaram nada da brincadeira. Uma curiosidade que enfureceria ainda mais as fãs: o Bieber é interpretado por uma mulher! (Quem gostou do trabalho do grupo veja o making of aqui e outra paródia deles aqui)

Sucesso na internet a próxima paródia teve mais de 3 milhões de exibições! É uma versão da música Bet On It, que Zac Efron cantou em High School Musical 2.


Esse filme da Disney ganhou várias paródias, clique aqui para assitir às outras.

Alguns clipes preferem manter a música e brincar com o clipe mesmo. Versões de single ladies espalhadas pela internet não faltam, até Rodrigo faro já dançou (veja aqui). Essa dupla tem milhares de visualizações no You Tube com suas versões de clipes famosos, assista abaixo uma delas. (Um dos meus videos favoritos)


Para encerrar esse post sobre paródias nada melhor que a grande musa, que ganhou um CrossFox amarelo graças a sua performance. Stefhany fez uma paródia com a música A Thousand Miles da Vanessa Carlton e ficou famosa no Brasil todo. Chegou a participar de vários programas na televisão e ainda ganhou o carro.


E você, conhece mais paródias engraçadas? Mande para gente!

17 junho, 2010

Trilha Antiga: Jovem Guarda (Roberto Carlos)



O carro era vermelho, não usava espelho para se pentear e ainda andava de botinha sem meia. Essa era a imagem do homem moderno na época da Jovem Guarda. E podem acreditar: os brotinhos se derretiam por eles. Vindo do interior do Espírito Santo, Roberto Carlos chegou com suas madeixas e logo arrebatou as fãs.

Com seu parceiro inseparável Erasmo Carlos, o Tremendão, e a loiríssima Wanderleia, mais conhecida como Ternurinha, o trio conquistou São Paulo. Do programa homônimo na TV Record, chegou-se ao disco de estreia da Jovem Guarda, cuja estrela era o eterno Rei Roberto Carlos.

Sucesso absoluto de audiência, a ideia de batizar o LP como Jovem Guarda foi de Othon Russo, diretor da gravadora CBS, argumentando que isto reforçaria tanto a venda do disco como a audiência do programa de televisão.

O principal destaque do disco é uma música emblemática: Quero que tudo mais vá pro inferno. Numa época de libertação, Roberto Carlos criou o grito de guerra. A canção abre o Long Play e divide espaço com outras canções inesquecíveis do Rei: Lobo Mau, O Feio, Mexerico da Candinha, Pega Ladrão e Não é Papo Pra Mim

O disco Jovem ocupa a 85° posição em uma lista da versão brasilieira da revista Rolling Stone dos melhores discos brasileiros de todos os tempos.

Abaixo, diretamente do túnel do tempo, gravado no extinto teatro Record: Roberto Carlos cantando Quero que tudo mais vá pro inferno.




15 junho, 2010

Wavin' Flag, o hino da Copa de 2010

Por Luiza Barros

O que é capaz de unir pessoas de todos os países, raças e credos? Futebol? Música? Ou seriam os dois? Hoje é dia de estreia do Brasil na Copa do Mundo, e como não poderia deixar de ser, o país inteiro para com um objetivo em comum: ver a bola, nesse caso a nossa famigerada, porém amada, Jabulani, rolar. E a cada partida que começa na África do Sul, somente uma música tem tocado: Wavin’ Flag, do cantor K’Naan, canadense de origem somali.


K'naan: multiétnico, o artista teve sua canção selecionada como tema da primeira Copa na África.

Wavin'Flag é uma música animada, que fala de superação e vitória, e foi escolhida pela Coca-Cola como tema promocional para a Copa do Mundo de 2010. Embora a versão original tenha surgido em 2009 no álbum Troubadour, a empresa resolveu relançar a música com uma nova versão, chamada Wavin’ Flag (Celebration Mix). A partir daí, foram produzidos vários remixes com artistas de outros países integrando a faixa. Num exemplo curioso de capitalismo globalizado, tem K’Naan cantando com gente da França, Grécia, Indonésia, Japão, China, Nigéria, Vietnã, Espanha, Tailandia, Haiti e Oriente Médio.

No caso do Brasil, os escolhidos foram os meninos do Skank, a banda mais apaixonada por futebol do país. A participação dos mineiros pode ser conferida no belo comercial que a Coca-Cola veiculou por aqui. A escolha foi certeira. A letra em português trouxe o adorável vocabulário futebolístico que só o brasileiro poderia inventar: Gol de placa/de trivela/no cantinho/pra desempatar/É de letra/de cabeça/bicicleta/pra comemorar. Imaginem o gringo curioso jogando isso no Google Translator. Inevitavelmente, a música lembra outro grande sucesso do Skank: É uma partida de futebol.



Ainda há outras duas versões em inglês. Uma conta com a participação do rapper will.i.am, do Black Eyed Peas, e o produtor francês David Guetta, e foi lançada como B-side do single de Wavin’Flag (Celebration Mix). A participação do americano e do francês não trouxe muito de novo ao hit, e nem mesmo o clipe foi bem aproveitado. A única coisa que vale a pena é rir do desengonçado David Guetta tentando acompanhar a coreografia com os dois rappers.



Já a outra versão é fruto de um projeto canadense, Young Artists for Haiti. A canção foi regravada por vários cantores do país com o objetivo de arrecadar fundos para o terremoto que devastou o país mais pobre das Américas. Mas apesar das boas intenções, os nossos amigos canadenses apenas conseguiram transformar uma música empolgante em um bando de pieguice. Se We are the World já era irritante para você, imagine com Justin Bieber no lugar de Michael Jackson. É tão ruim que não serviria nem como música tema do campeonato mundial de curling. Com um elenco de pentelhos que incluiu ainda Nelly Furtado, Avril Lavigne e mais um bando de gente desconhecida que só vende disco em Vancouver, o Canadá provou que, como cantores, são ótimos jogadores de hóquei.



Com todos os mais variados videoclipes ao redor do mundo, o melhor que pude encontrar de Wavin’ Flag não faz nenhuma referência direta a qualquer empresa ou campanha. Poderia até ter sido feito por apenas um fã de futebol. Com belos momentos dos mundiais anteriores, foi o que melhor soube resumir o espírito da música. Vale a pena conferir, e esperar para que a gente assista espetáculos tão emocionantes quanto nesta edição do melhor evento esportivo do mundo.


14 junho, 2010

Arquivo:






Trilha Especial – Roberta Sá no Vivo Rio

Por Raiane Nogueira

A talentosa Roberta Sá apresentou ontem (12/06) no Vivo Rio uma edição especial de Dia dos Namorados do show Pra se ter alegria, gravado em CD e DVD na casa em abril do ano passado. Com clima romântico, que incluía a distribuição de coraçõezinhos que brilhavam no escuro, foi um ótimo programa para casais não muito dispostos a enfrentar shoppings lotados e filas enormes em cinemas e restaurantes.

O repertório reuniu as principais músicas dos seus dois discos anteriores, Que belo estranho dia pra se ter alegria (2007) e Braseiro (2005). Tudo com muito ritmo e uma voz afinadíssima. No palco, Roberta Sá demonstrou um prazer de cantar contagiante. Durante todo o show, ela manteve um grande sorriso e não parou de dançar mexendo o vestido vermelho rodado, com belas performances.

A apresentação misturou canções mais leves e sambas animados, que empolgaram o público. Em sucessos como Mais alguém (Moreno Veloso e Quito Ribeiro), Eu sambo mesmo (Janet de Almeida), Ah, se eu vou (Lula Queiroga) e, principalmente, Samba de um minuto (Rodrigo Maranhão), a plateia acompanhou a cantora como um coro ensaiado.

Assista ao clipe de Samba de um minuto, do DVD Pra se ter alegria

Fogo e Gasolina (Carlos Rennó e Pedro Luis), que está na trilha sonora da novela Passione, também levantou o público, apesar de Roberta ter errado parte da letra e recomeçado a música. Além disso, merece destaque a interpretação de Pelas Tabelas, de Chico Buarque, e Casa pré-fabricada, de Marcelo Camelo. A cantora encerrou o show com um pout-pourri de sambas-enredo e ainda fez à capela um trecho de Falsa Baiana, de Geraldo Pereira.

Admiro o trabalho da Roberta Sá há algum tempo, mas nunca tinha ido a um de seus shows. Saí do Vivo Rio ainda mais encantada com essa jovem cantora, que além de talento, esbanja simpatia e paixão pela música.

12 junho, 2010

Arquivo:







Trilha Certa - SESC Quitandinha (Petrópolis)

Por Mariana Coutinho


Para se fazer um bom show não é preciso muito: músicos talentosos, um ambiente agradável, bons instrumentos, equipamento acústico de qualidade, e pronto. A iluminação também é importante, cadeiras confortáveis para a plateia, um bom palco. Mas e se além de tudo isso você pudesse curtir boa música em um ambiente luxuoso, bonito e que tem muita história para contar? Assim é o SESC Quitandinha, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Em 1939, o mineiro Joaquim Rolla já era dono do Cassino da Urca e do Cassino Atlântico no Rio de Janeiro, do Cassino Icaraí, em Niterói, e do Cassino da Pampulha em Belo Horizonte, quando adquiriu o terreno onde construiria o maior cassino-hotel da América Latina: o Quitandinha. O palácio, com exterior construído em estilo normando e interior inspirado no cenário hollywoodiano, foi inaugurado em 1944.

O teatro do Quitandinha

Frequentado principalmente por cariocas, o hotel-cassino recebeu também personalidades emblemáticas como Walt Disney, Carmem Miranda, Greta Garbo e Lana Turner. Tudo ia de vento em poupa, até que o jogo de azar e os cassinos foram proibidos no Brasil pelo presidente Dutra em 1946. Até os anos 70, o hotel ainda se manteve como clube, mas muito longe dos anos de auge. Aos poucos, os mais de 400 apartamentos foram sendo vendidos e o palácio foi ficando cada vez mais abandonado.

Depois de ser adquirido pelo SESC Rio e ter passado por uma reforma, o Quitandinha agora é mantido como clube e abriga eventos culturais como shows e peças de teatro.
Com certeza assistir a um show no Quitandinha é uma experiência única e inesquecível; por isso vale a pena ficar de olho na programação e visitar o palácio petropolitano para assistir espetáculos musicais.

Café Concerto do Quitandinha

Para quem mora no Rio de Janeiro não é tão difícil chegar ao antigo cassino. A caminho de Petrópolis o carioca deve pegar a BR0-40, aproximadamente 1h10min de viagem, manter a direita, e seguindo em frente a partir do pórtico de entrada da cidade já avistará o lago do hotel.

Veja fotos antigas do Hotel-Cassino Quintadinha:



Veja também:



09 junho, 2010

Clipes Históricos - Everybody (Backstreet Boys)

Por Luiza Baptista

Alguns clipes estouram por que a música é muito boa, ou a música faz sucesso por que o clipe é muito bom? É como perguntar quem veio primeiro: o ovo ou a galinha. Não importa, mas em 1997 um clipe, ou música, fez todas as pré-adolescentes dançarem e suspirarem. Se você tem entre 20 e 25 anos já deve imaginar de quem estou falando. Sim, são eles, os Backstreet Boys com seu dançante Everybody. Eu tinha apenas 8 anos e como uma boa irmã caçula acompanhava minha irmã assistindo os vídeos na MTV. A boyband foi o primeiro amor de muitas meninas, inclusive a minha irmã, e lotou casas de shows pelo mundo. A coreografia de Everybody, inspirada no Thriller de Michael Jackson, foi ensaiada ao redor do globo pelas fãs, e se o You Tube existisse naquele tempo, com certeza estaria recheado de versões.

O clipe se passa em uma mansão assombrada. Em uma sombria noite, entre raios e trovões, o ônibus que levava os garotos a um show quebra, então o motorista insiste que Nick, Kevin, Brian, Howie e AJ passem a noite na assustadora mansão. E entre um dança e outra, os mocinhos revivem os filmes de terror e viram monstros! Brian é um lobisomem, Nick uma múmia, Howie se transforma no Drácula, AJ no Fantasma da Ópera e Kevin no monstro do filme O médico e o Monstro. No final todos acordam e descobrem que foi apenas um pesadelo, ou não foi?

A música entrou na setlist dos meninos e não saiu mais. Foram inúmeros convites para participações em programas, premiações e shows. Depois de tanto sucesso é difícil acreditar, mas a gravadora não apostou na banda e não quis bancar o clipe. Os Backstreet Boys apostaram na idéia que tiveram e fizeram o vídeo com seu próprio dinheiro. Depois que Everybody ficou nos primeiros lugares das paradas pelo mundo todo, a gravadora reembolsou os meninos.

Deu saudade dos tempos de boyband? Assista abaixo o grande sucesso dos Backstreet Boys.





07 junho, 2010

Rio das Ostras Jazz & Blues Festival




Rumo a Costa do Sol, sob uma chuva fina que insistiu em cair nos cinco dias do Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras. O frio deste outono não assustou os mais de 40 mil que viram atrações nacionais e internacionais, como Armandinho Macêdo, Stanley Jordan e o contrabaixista Ron Carter. A cada dia do festival, cerca de 10 mil pessoas se apertavam e tentavam espantar o frio no palco principal: Costazul. Espalhados pela orla, três outros palcos ainda continuavam a festa durante o dia.

Segundo o prefeito de Rio das Ostras, todos os seis mil quartos da rede hoteleira da cidade ficaram ocupados na semana do festival. Carlos Augusto Balthazar disse que "o festival impulsiona o turismo regional e é o maior evento do interior do estado em termos de fluxo turístico". Em oito edições, o Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras já pode se orgulhar de ser o maior do Brasil e, segundo a crítica especializada, o 10° melhor do mundo inteiro.

Na quinta-feira à noite e no fim da tarde de sexta o público foi a delírio com as guitarras de Stanley Jordan e o brasileiro Armandinho Macedo, que, detalhe, deu um espetáculo a parte em seu cavaquinho elétrico e a versão do Bolero, de Ravel. À noite, no palco principal, o trio de Jazz formado pelos sensacionais Ron Carter, Russell Malone e Mulgrew Miller abriram os trabalhos, na foto abaixo, sob um público empolgado e respeitoso, que sabe que um festival de Jazz e Blues no Brasil é raridade.


Causo do Festival: Enquanto voltava para casa, me esquivando das pessoas, escuto do outro lado da rua um senhor que tocava sua guitarra Fender, já gasta pelo tempo. Era Sérgio Bap, que mesmo sem ser convidado para o festival fez o próprio espetáculo, numa varanda de uma pequeno bar, para alguns curiosos que passavam pela rua.

Para quem não sabe, Sérgio Bap é um dos fundadores do Blues Etílicos, maior grupo de Blues do Brasil. Sérgio é um dos melhores guitarristas brasileiros, mas, sem espaço, toca no centro do Rio Janeiro sem cachê, ou pelo preço da venda de um dos seus discos. A banda de Sérgio Bap não passa de um MP3, com arranjos eletrônicos.


05 junho, 2010

Trilha Antiga - Goodbye and Hello (Tim Buckley)

Por Luiza Barros


1967
42'41
EUA
Selo: Elektra
Produção: Jerry Yester
Projeto Gráfico: William S. Harvey; Guy Webster

(1. No Man Can Find The War - 2. Carnival Song - 3. Pleasant Street - 4. Hallucinations - 5. I Never Asked To Be Your Mountain - 6. Once I Was - 7. Phantasmagoria In Two - 8. Knight-Errant - 9. Goodbye and Hello - 10. Morning Glory)


Antes de começar a ler esse post, faça uma pequena experiência: jogue o nome “Tim Buckley” no Google. Se quiser tornar a coisa ainda mais difícil, coloque a busca apenas para páginas do Brasil. Posso garantir que o material encontrado será escasso. Em boa parte delas, o nome é apenas uma referência em textos sobre o filho, o também cantor Jeff Buckley. Com sucesso moderado quando era vivo e morto prematuramente, Tim Buckley é um tesouro perdido do folk sessentista. Em sua breve, porém prolífica carreira (foram nove discos em oito anos), Buckley não só deu força como reinventou o gênero, acrescentando elementos do jazz e do soul, com uma boa dose de psicodelia. Além de tudo, o compositor era dotado de uma voz poderosa, e não tinha medo de usá-la. A mistura mais bem-sucedida de todos esses elementos é o maravilhoso Goodbye and Hello, de 1967.

A aparente tranqüilidade de Tim, sorridente na capa ensolarada, cativa fácil, mas também disfarça a profundidade do disco. Mas basta os primeiros segundos da primeira faixa para o cantor mostrar ao que veio. “No man can find the war” começa como uma explosão. Nada mais apropriado para uma música que fala sobre a Guerra do Vietnã. A revolta contra o conflito é canalizada através da letra e do ritmo direto. Depois da audição, fica na memória o que Buckley nos pergunta: “is the war inside your mind?”.

Mas apesar da primeira faixa ser uma referência a fatos da época, boa parte do disco evoca outros tempos. Buckley parece ser um verdadeiro trovador medieval em “Carnival Song” e “Knight-Errant”. Os arranjos musicais e os próprios títulos mostram que não era sem querer. No entanto, a melhor faixa de Goodbye and Hello é a que mais foge desse clima bucólico. “Pleasant Street” é uma daquelas músicas que te destroem, tanto pela letra sem esperanças quanto pela melodia arrebatadora. E ainda há um grande detalhe: a guitarra elétrica. Influenciado por Bob Dylan desde o começo da carreira, Buckley também aderiu ao instrumento sem medos. Nada menos surpreendente para quem sempre buscou a experimentação.

Nesse quesito, “Hallucinations” também se destaca. A instrumentação criativa é capaz de evocar a temática fantasmagórica da faixa, com uivos e sussurros de tremer a espinha. Não supera, porém, a misteriosa “I never asked to be your mountain”. É a mais longa e também a mais ousada do disco, misturando a batida acelerada com ritmos indianos. A letra confessional é uma abordagem complexa do relacionamento tempestuoso com a mulher, que o artista abandonou junto com o filho pequeno.

Após esse turbilhão, a doce balada “Once I Was” permite ao ouvinte relaxar. “Phantasmagoria In Two” também, se forem ignorados os questionamentos do compositor sobre a vida. Mas os medos de Buckley são melhores desenvolvidos em “Goodbye and Hello”. Apesar da admirável construção poética, o tom épico da música pode ser um tanto quanto cansativo. Talvez por isso a faixa-título não tenha sido escolhida para fechar o disco, e sim a etérea “Morning Glory”. Ao fim, você se pergunta, por que falam tão pouco desse cara?

Você pode conferir um dos raros vídeos encontrados na internet abaixo, numa bela interpretação de "Morning Glory":



Ficha técnica retirada do livro '1001 discos para ouvir antes de morrer', org. Robert Dimery

Veja também:

04 junho, 2010

Trilha do Artista - Djavan

Por Raiane Nogueira

“Cantar é mover o dom do fundo de uma paixão
Seduzir as pedras, catedrais, coração”


Ele é o cantor mais lembrado nos shows de barzinhos - "Toca Djavan"! Inspira romances, é o tema de milhares de casais apaixonados. E todos conhecem pelo menos uma de suas canções. Com grande sensibilidade para compor e uma voz inconfundível, Djavan nos seduziu e, por isso, será o homenageado de hoje em A Trilha Sonora.

Djavan Caetano Viana nasceu em Maceió, Alagoas, em 27 de janeiro de 1949. De origem humilde – filho de lavadeira, jogou como meio-campo no CSA (Centro Sportivo Alagoano). Aprendeu a tocar violão sozinho. Mal sabia que tinha um grande dom, que o tornaria um dos cantores e compositores mais prestigiados da MPB.

Aos 18 anos, montou o grupo Luz, Som, Dimensão (LSD), em Maceió, que se apresentava em festas da cidade. No ano seguinte, abandonou o futebol e, em 1973, partiu para o Rio de Janeiro. Aqui conheceu o produtor da Som Livre, João Mello, que o convidou para gravar músicas de outros compositores para novelas da Globo. Também cantou nas noites cariocas, nas boates Number One, em Ipanema, e 706, no Leblon.

Em 1975, teve a primeira oportunidade de mostrar seu lado autoral. Como compositor, conquistou o segundo lugar no Festival de Abertura, com Fato Consumado. A música deu origem a um compacto, que abriu as portas para o cantor. Desde então, são mais de 30 anos de carreira, 18 discos gravados e centenas de letras, que atravessam gerações. Para termos uma ideia do sucesso de Djavan, em 1984, Lilás foi executada mais de 1300 vezes no rádio só no dia de lançamento:



Com títulos curtos como o seu nome, as músicas de Djavan lhe renderam uma carreira consolidada dentro e fora do Brasil. Em 2000, o compositor ganhou o prêmio de melhor canção no primeiro Grammy Latino, com Acelerou. Respeitado no cenário internacional, ele já contou com a participação de Steve Wonder na música Samurai, do LP Luz (1982), gravado nos EUA.

Djavan costuma privilegiar as próprias composições. Apesar disso, não dispensa boas músicas de outros autores. O cantor já gravou Jorge Amado e Dorival Caymmi (Alegre Menina), Paulinho da Viola (Coração Leviano), Braguinha (Sorri – versão de Smile), Tom Jobim e Luiz Bonfá (Correnteza), Toquinho e Vinicius de Moraes (Calmaria e Vendaval). Também fez parcerias com artistas de sucesso como Gilberto Gil (Corisco), Chico Buarque (A Rosa) e Nelson Motta (Você bem sabe).

Nosso homenageado é o preferido para integrar trilhas sonoras de novelas. As músicas de Djavan estiveram presentes em Gabriela (Alegre Menina), Fogo sobre terra (Calmaria e Vendaval), Top Model (Oceano), Pacto de Sangue (Sorri), O rei do gado (Correnteza) e Belíssima (Sina), entre outras.

Muitas de suas canções ainda foram regravadas por cantores ilustres, como Nana Caymmi (Dupla Traição), Maria Bethânia (Álibi), Roberto Carlos (A ilha), Gal Costa (Açaí e Faltando um pedaço) e Caetano Veloso (Sina), que retribuiu a homenagem de Djavan em Sina, trocando o verbo inventado “caetanear” por “djavanear o que há de bom”.

Entre os 18 álbuns de Djavan, destaca-se o Ao Vivo (vol. 1 e vol. 2), gravado em 1999. Os CDs reúnem 24 grandes sucessos do cantor. É um desses discos que você precisa ter em casa. Muito bom! Seu trabalho mais recente é o CD Matizes, gravado em 2008.

Antes de encerrar, uma curiosidade: além do inquestionável talento como cantor e compositor, Djavan já se arriscou como ator durante alguns meses. Em 1983, o alagoano atuou no filme Para viver um grande amor, de Miguel Faria Jr., como um poeta-mendigo apaixonado por uma jovem rica (Patrícia Pillar).

De fato, as músicas de Djavan são poesia. E como poeta, ele muitas vezes é incompreendido. Suas letras às vezes parecem meio complexas, não é fácil entender. Mas, como afirma o texto disponível no site do cantor, que narra sua trajetória: “para quem o escuta com atenção, Djavan já revelou o seu sentido há muito tempo” (Betina Dowsley).



02 junho, 2010

Capas de disco históricas - Caetano Veloso (1968)

Por Mariana Coutinho

Capa: Rogério Duarte / Foto: David Drew Zing


O desenho de uma mulher com arranjo no cabelo dando a mão a um pequeno dragão. Um cacho de bananas, uma serpente. Muito vermelho e amarelo. E no meio uma foto de Caetano em moldura que lembra um camafeu. O que é isso? Uma maluquice generalizada? Não, ou será que sim? Bem, isso tudo é a capa do disco “Caetano Veloso” de 1968.

Em plena ditadura militar, a Tropicália se apresentou como a resposta tupiniquim à revolução musical que os Beatles estavam fazendo em terras britânicas, principalmente a partir de Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band (1967). Poetas, cineastas, músicos e artistas de todas as áreas se juntaram nesse movimento de vanguarda. Entre eles, é claro, Caetano Veloso que ‘encabeçou’ o Tropicalismo junto com Gilberto Gil.

O disco de 1968 reflete a capa, essa mistura meio psicodélica. É nesse álbum que Caetano lança a famosa música “Alegria Alegria”, que chocou a muitos tradicionalistas da MPB em sua apresentação no Festival da TV Record, pelo uso das guitarras e pela letra. Destacam-se também nesse álbum: “Clarice”, “Clara”, “Soy Loco Por Ti America” e “Tropicália”.

Além de ser um disco histórico, “Caetano Veloso” tem essa capa marcante que traduz bem os ideais do Tropicalismo e o contexto do final dos anos 60. Uma bela capa para começar a carreira desse que é um dos maiores artistas do Brasil.

Assista abaixo Caetano Veloso cantando “Alegria, Alegria” no Festival da TV Record em 1967:



Veja também:



01 junho, 2010

Trilha do Filme - Encantada


O mundo dos contos de fadas invade a caótica Nova York em um musical apaixonante. No filme Encantada a Disney realiza o sonho de todas as meninas que cresceram acompanhando e se fascinando com toda a magia das princesas, e traz para o mundo real os gestos delicados, a voz doce, a ingenuidade e o final feliz, típicos dos contos de fadas.

Mas antes de invadir a Big Apple, a mocinha Giselle (Amy Adams) vive em seu reino encantado de Andalasia e entre números musicais com animais cantantes, ela procura por um verdadeiro amor. Ao conhecer o príncipe Edward (James Marsden) parece que o final feliz está próximo, mas a mocinha ainda tem uma grande surpresa pela frente. No dia do casamento a madrasta (Susan Sarandon), como de costume, engana a dócil Giselle e a transporta para um reino bem distante e bem real.



No meio da Times Square, em Nova York, Giselle descobre um mundo nada gentil. Até encontrar o advogado especializado em divórcios Robert (Patrick Dempsey) e sua filha, que a acolhem em seu apartamento. Entre muitas confusões e músicas sobre amor verdadeiro, Giselle reencontra o príncipe, mas já está apaixonada por Robert. A mocinha tem que escolher entre o mundo mágico de Andalasia e a vida real nova-iorquina.

Nos filmes da Disney as músicas sempre roubam a cena, e nesse não é diferente. Na alegre Happy Working Song a protagonista chama os animais pela janela para limparem a casa, em uma referência à Branca de neve. Mas, como a cidade é Nova York, os animais que atendem o chamado são pombos, ratos e baratas. O filme também tem espaço para o romance, e So Close arranca suspiros dos apaixonados. As músicas conquistaram não só o público, a crítica aprovou e três canções foram indicadas para o Oscar.

Uma das músicas indicadas para o Oscar – That’s how you know

Eu assisti ao filme com duas grandes amigas, que me ajudaram a escrever este post. Em homenagem a elas encerro com a declaração de uma delas: “o filme é tão bonito e tão mágico que quando acaba dá uma tristeza, porque você percebe que aquilo não é real”.