31 março, 2011

Jingles Inesquecíveis - Big Mac

Por Mariana Coutinho

Dois hamburgueres,
Alface, queijo,
Molho especial, cebola e
Picles num pão com gergilim

Esses versos singelos podem ficar na sua cabeça por horas. O jingle anuncia os ingredientes do sanduíche mais famoso do mundo. Comercializado pelo McDonald's desde de 1968, o Big Mac foi criado por Jim Delligatti para concorrer com um sanduiche do restaurante Big Bob. O primeiro comercial com o jingle do Big Mac, em inglês, foi ao ar em 1976. A ideia do publicitário Charles Rosenberg era colocar todos os ingredientes do sanduiche ligados por hífens, como se formassem uma palavra só, no comercial. A música, composta por Mark Vieha, só deixou a coisa mais elaborada.

Algumas franquias nos Estados Unidos chegaram a dar Big Macs de graça para os clientes que conseguissem recitar o jingle em menos de 3 segundos. Aqui no Brasil, a propaganda do sanduíche já era cantada nos anos 1980, como você pode ver no vídeo abaixo:






Nos anos 2000, o McDonalds voltou a apresentar o jingle na camapanha "I'm lovin it", ou "Amo muito tudo isso". Mas agora com uma nova roupagem. Mais dinâmica, a música passou a ser interpretada por rappers no Estados Unidos. No Brasil, a versão também foi repaginada, como você pode ver abaixo:




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Jingle inesquecíveis - Mamíferos Parmalat

30 março, 2011

Like.fm: revele seu gosto musical na rede

Por Luiza Baptista

Os verdadeiros fãs de música nunca perdem a oportunidade de ouvir seus artistas preferidos. Estão sempre com fones e até arriscam algumas notas. O computador é o lugar ideal para deixar a música rolar enquanto fazemos alguma atividade. Para quem utiliza programas e serviços como Grooveshark, Pandora ou YouTube, agora existe uma rede social para divulgar o que o internauta ouve na web.

Na Like.fm o usuário compartilha seu gosto musical e revela o que está ouvindo no momento. A ideia é trocar informações sobre música e descobrir as bandas e cantores favoritos dos seus amigos. A rede social funciona como um microblog, postando o nome da música e do artista depois que você colocou para tocar em algum dos serviços. Além de revelar suas preferências na Like.fm, é possível postá-las também no Facebook ou Twitter.


Para ter um perfil, basta preencher um pequeno cadastro com informações básicas. Se preferir poupar tempo e trabalho, é só fazer o login através do Facebook. Com o cadastro efetuado, o serviço precisa ser instalado no computador. Nessa etapa, o usuário vai escolher onde a rede deve buscar as músicas. Veja o site ou programa que você mais usa, a Like.fm fará um download específico para atender às suas necessidades.

Depois, basta procurar e convidar amigos para a rede social. É uma maneira interessante de descobrir o gosto musical dos colegas. Assim será mais fácil escolher presentes e evitar dar um CD de rock para alguém que ama sertanejo. O único problema é que a Like.fm só funciona no Google Chrome, Safari ou Mozilla Firefox.

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Grooveshark: milhares de músicas sem baixar e nem pagar
Trama Virtual: download remunerado

29 março, 2011

Especial “Marias”: Maria Gadú e Maria Rita em Niterói



Para comemorar em grande estilo o Dia Internacional da Mulher, ainda que meio atrasado, a MPB FM promoveu um encontro entre duas poderosas vozes da nova geração da nossa música popular. Foi o show "Marias", com as cantoras Maria Gadú e Maria Rita, que aconteceu no último domingo (27), no estádio Caio Martins, em Niterói.

A noite foi aberta com uma apresentação serena de Maria Gadú, que trouxe o repertório do seu último trabalho, o Multishow Ao Vivo. Com um jeito tímido e toda sorridente, a cantora encantou o público cantando sucessos, como Shimbalaiê, Dona Cila e Tudo diferente. Mas o ponto alto ficou para as ótimas versões de canções famosas de outros intérpretes, como A História de Lili Braun (Chico Buarque), Quase sem querer (Legião Urbana), Trem das onze (Demônios da Garoa) e Who knew (Pink). As performances mostraram mais uma vez a ousadia da jovem cantora, que não tem medo de misturar diferentes estilos. O show ainda contou com a participação do companheiro inseparável de Maria Gadú, Leandro Léo, que sempre aparece para dar uma canja nas apresentações, principalmente na empolgante Laranja.

Enquanto a primeira Maria fez um show mais tranquilo, desses que você fica apreciando, se balançando devagar, a segunda levantou o Caio Martins. Com um figurino cheio de glamour (um vestido micro, esbanjando brilho), Maria Rita fez o ginásio sambar ao som das principais canções dos seus três discos, como Cara valente, Num corpo só e Tá perdoado. Foi o primeiro show que vi da cantora e fiquei surpresa com seu vozeirão e simpatia. Maria Rita também teve direito a convidado de honra: a humorista Samantha Schmütz, o Juninho Play, subiu ao palco para imitá-la na música Encontros e despedidas e divertiu a plateia, como você pode conferir no vídeo abaixo:


Vídeo retirado do blog Sempre Maria Rita

Mas, como tudo que é bom dura pouco, depois de causar arrepio cantando Não deixe o samba morrer à capela e mais umas duas músicas, Maria Rita encerrou a noite, em um show curto. E se muita gente continuou olhando para o palco, na expectativa de que ela e Maria Gadú voltassem para cantar juntas, acabou um pouco frustrado. Apesar do nome do evento, as Marias fizeram apresentações independentes. De qualquer forma, foi uma bela homenagem a nós, mulheres, além da melhor forma de começar a semana.

28 março, 2011

Trilha do fã - Uma homenagem para nossa blogueira Luiza Barros

A nossa homenageada na Trilha do fã de hoje não tem nenhum grande sucesso musical, nenhum cd lançado e, na verdade, nem canta muito bem. Mas, somos fãs dela, fazer o quê? Na verdade, o que ela sabe fazer na área musical é dar pitaco. E isso ela faz cheia de propriedade. Se vocês ainda não conhecem a nossa blogueira (shame on you!), com certeza devem lembrar dos textos. Luiza Barros é a nossa elitista musical, uma fã assumida de Beatles, Smiths e Dylan.

Nossa colega de blog e de faculdade de jornalismo, agora devidamente apresentada, está fazendo intercâmbio em Paris. Por isso, não podemos fazer uma festinha para comemorar seus 21 anos. Então, vamos celebrar do melhor modo que podemos: com muita música. Fizemos uma playlist especial para nossa amiga.

1) Para começar, a versão hispânica de uma das músicas favoritas da Luiza: "There is a light that never goes out" dos Smiths em espanhol. É uma heresia, mas é engraçado! Nada melhor pra animar um aniversário!


2) Na seqüência, um clipe em homenagem as noites parisienses que Luiza tem passado no intercâmbio, por uma banda que é quase sua xará: Louise Attaque, com "J't'emmène au vent":


3) Para abrir um sorriso bem grande, só mesmo assistindo a esse vídeo da música número 1 na lista das 20 músicas favoritas dos Beatles que a Luiza fez no Last.fm: Girl!


4) 28 de março. Acho que tem mais alguém que faz aniversário nesse dia. Então vamos prestigiar mais uma ariana nessa playlist: Lady Gaga com "Alejandro"!


5) Agora para lembrar uma piada interna, a indicada é a Cláudia Leitte. Preste atenção: para entrar no clube da Luiza, você deve fazer caretas e mexer as sobrancelhas enquanto assiste ao clipe abaixo:


Luiza, essa é a nossa maneira de desejar um feliz aniversário e mostrar o quanto você é especial.

26 março, 2011

Trilha Antiga - Greensleeves


Durante a Idade Média, os trovadores se declaravam a sua amada através de músicas ou poesias. Greensleeves foi composta nesse período e com essa intenção. Não se sabe ao certo o autor desta música, porém a lenda conta que a canção é de autoria de Henrique VIII em homenagem a sua então amante Ana Bolena – que viria a ser a rainha Ana Bolena. Outra versão diz que a música foi composta pelo indiscutível Mozart.

No entanto, a verdade é que há registros de que Greensleeves já existia cerca de 200 anos antes de o compositor austríaco ter nascido, em 1756, e sua origem real é desconhecida. O fato é que muitos músicos começam a ler partituras através desta música, como eu comecei.

Na versão histórica mais divulgada, Ana teria rejeitado as tentativas do rei de seduzi-la e esta rejeição é aparentemente a que se refere a composição. No entanto, Henrique VIII não escreveu "Greensleeves", que provavelmente é do período Isabelino e é baseado num estilo italiano, cuja composição não chegou a Inglaterra até depois da sua morte:

Alas my loue, ye do me wrong,
to cast me off discurteously:
And I haue loued you so long
Delighting in your companie.
Greensleeues was all my ioy,
Greensleeues was my delight:
Greensleeues was my heart of gold,
And who but Ladie Greensleeues.

Greensleeves entrou para história, mesmo com sua origem incerta, servindo de inpiração para várias gerações de artistas, de todos os campos da cultura, através da história. A música foi inspiração para Shakespeare, e é citada na comédia As alegres comadres de Windsor, também foi tema de quadro de Rosseti, artista do século XIX e aparece até na ópera Turandot (séc. XX), de Ferruccio Busoni.


25 março, 2011

O Segundo Verão do Amor

Por Luiza Barros



1967, São Francisco. Basta apenas dizer o ano e o lugar para trazer à tona imagens repletas de gente jovem, roupas coloridas, musica alta e consumo de drogas. Nos Estados Unidos, o verão de 1967 ficou marcado pela reunião de mais de 100 mil pessoas na região do Haight-Ashbury, o famoso distrito de São Francisco. Entre os presentes, estavam Janis Joplin e as bandas Jefferson Airplane e The Greatful Dead. O encontro hippie foi um dos acontecimentos mais importantes não so na musica, mas na historia social recente, e ficou conhecido como o Verão do Amor.


Muitos verões depois, a geração seguinte viu surgir um fenômeno similar. Só que dessa vez, o epicentro não estava nos EUA, e sim no Reino Unido - mais precisamente nas cinzentas Londres e Manchester. Acuados com a cultura individualista e com a política neoliberal da primeira-ministra Margaret Thatcher, que acabara de completar 10 anos no poder, a juventude britânica da época reagiu de maneira inesperada: festejando. Surgiam assim as festas raves, realizadas ao ar livre e sem hora para acabar. Gratuitas e muitas vezes realizadas ilegalmente, as raves se multiplicaram pelo país, arrastando milhares e enlouquecendo a tradicional sociedade britânica. Espelhando-se abertamente no espírito hedonista e libertador do final dos anos 60, o movimento trouxe de volta algumas modas do período, como a estampa tie-dye e outros motivos psicodélicos.





A inspiração hippie não significa que o Segundo Verão do Amor tenha sido apenas um revival do primeiro. No lugar de Janis e Hendrix, entram os sintetizadores do Acid House, subgênero da House Music baseado na repetição e no uso de samples. O LSD volta a ser consumido, mas a droga do momento era o recém-popularizado ecstasy. O efeito da droga, que induz à euforia, é facilmente perceptível nos videos das festas da época. Faltava apenas um símbolo tão marcante quanto o ícone da paz utilizado nos anos 60. O escolhido o smiley, a famosa carinha sorridente amarela criada pelo designer americano Harvey Ball.


A popularidade que o acid house adquiriu durante o período não significa que o rock'n'roll ficou esquecido. Ao contrário, o final dos anos 80 marca o surgimento de varias bandas alternativas, que misturaram o rock psicodélico com a dance music. A maioria delas, como Stones Roses, Happy Mondays e Inspiral Carperts, surgiram em Manchester, que no começo da década também ja tinha visto surgir nomes como The Smiths, New Order e The Fall. A influencia dessas bandas, unida ao acid-house, gerou uma nova cena musical, apelidada de de Madchester (um trocadilho do nome da cidade e a palavra mad, louco em ingles).


Abaixo, você pode conferir, em inglês, a primeira parte do documentário da BBC "The summer of Rave", de 2006, que colheu depoimentos de quem viveu o período. 







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Trilha Especial - Woodstock
Trilha do Filme - Trainspotting

22 março, 2011

Hair: o musical e o filme

Por Mariana Coutinho



A história se passa no final dos anos 1960 em Nova York. O mocinho precisa se decidir entre continuar morando em uma "tribo" hippie ou cumprir seu "dever" como cidadão americano e ir para o front na guerra do Vietnã. Pode parecer uma decisão não tão complexa, mas o adorável e confuso Claude vive um verdadeiro dilema. Versão brasileira do musical da Broadway, Hair é mais uma parceria bem sucedida entre Charles Möeller e Claudio Botelho, com texto e letras adaptados por Gerome Ragni e James Rado. 

A peça encanta pelo enredo, as músicas e principalmente o elenco. Jovens versáteis, eles cantam, dançam e interpretam lindamente. Os jogos cênicos são muito bonitos e o mais importante é que as marcações e as coreografias sincronizadas parecem espontâneas. A peça é ainda mais provocadora que o filme de 1979. O espectador não sabe se acha os personagens fabulosos ou se tem um pouco de medo deles.

Igor Rickli, o ator no corpo do rebelde Berger, surpreende a plateia logo em uma das primeiras cenas andando entre o público e tirando sarro com a primeira fileira. Irreverente, ele é um dos maiores destaques do elenco, ao lado do jovem Hugo Bonemer como Claude, e de Letícia Colim no papel da grávida chapada Jeanie. Outros destaques vão para as canções muito bem interpretadas por Karin Hil (antiga integrante do grupo Rouge) e Tatih Köhler, respectivamente "Aquarius" e "Frank Millis".





A música "Manchester, England" ganhou um brilho especial na voz de Hugo Bonemer, assim como "Sou Preto", versão de "I'm Black", na interpretação de Reynaldo Machado, no papel de Hud. Já "Fácil ser Cruel", versão de "Easy to be Hard", não foi tão emocionante como no filme. Outra música que merece destaque é a última do segundo ato que, portanto, fecha a peça, "Deixe o Sol Entrar", versão muito bem adaptada de "Let it Sunshine In".

Uma cena que fica de fora do musical, mas que é uma das mais emblemáticas do filme é a que Berger sobe na mesa durante uma festa e canta e dança derrubando pratos, copos e talhetes. A música é "I Got Life" e você pode ver a cena abaixo:




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Beatles Num Céu de Diamantes

21 março, 2011

Guns N' Roses confirmado no Rock in Rio


Segunda colocada na enquete que o Rock in Rio fez há algumas semanas, a banda de hard rock Guns N' Roses está confirmada no festival. O grupo americano liderado por Axl Rose se apresenta no dia 2 de outubro no Palco Mundo. A baiana Pitty vai abrir o show nesse dia.

O Rock in Rio acontece entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro de 2011 no Parque Olímpico da Cidade do Rock na Barra da Tijuca.

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20 março, 2011

"De Repente", o novo clipe interativo do Skank


Em geral, damos mais atenção aos clipes internacionais. Com mais dinheiro, os artistas estrangeiros costumam produzir vídeos elaborados e cheios de efeitos especiais. Aos cantores nacionais, resta a criatividade. E a banda Skank mostrou que uma boa ideia vale bem mais que um gordo talão de cheques.

Os mineiros produziram, em parceria com a Don’t try this, um clipe interativo da música "De Repente". Acessando o site do grupo você vai ver seis vídeos do YouTube ocupando a tela, cada um mostra um músico tocando bateria, guitarra, teclado ou baixo, e os outros dois apresentam a primeira e segunda voz da canção.

A novidade não está em fazer um clipe que divide a música em seis partes, e sim na possibilidade de modificar a banda. Abaixo dos vídeos o internauta pode escolher quem deseja substituir. Quer ver outro baterista no lugar do Haroldo? São muitas opções disponíveis. Para guitarrista então, são mais de quinze músicos. É possível formar a banda que você quiser, ouvindo a nova música do Skank de diversas formas. O usuário pode ainda mexer no volume, produzindo uma versão pessoal de "De Repente".

A banda já é conhecida pelos clipes diferentes, como "Mandrake e os Cubanos". Agora, os fãs não ficarão entusiasmados pelo humor do grupo, e sim pela possibilidade de conhecer um Skank renovado. Inclusive, alguns músicos e cantores, que podem substituir os originais nessa brincadeira, são fãs da banda mineira. Quer se divertir personalizando o Skank? Então acesse o site da banda clicando aqui.

             


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Trilha Certa – Centro Cultural Banco do Brasil

Por Raiane Nogueira

Com todos os grandes shows que têm acontecido no Brasil, muito divulgados pela mídia, às vezes acabamos perdendo outros bons eventos musicais que estão rolando por aí. Um dos locais que sempre tem ótimas atrações é o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). É bom ficar de olho na programação.

Fundado em 1989, a partir da criação do CCBB Rio, o centro cultural hoje está presente nas três principais capitais do país – Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília – e se prepara para chegar também a Belo Horizonte, com inauguração prevista para o segundo semestre deste ano. A casa é muito famosa por abrigar exposições de arte, cinema e também boa música. E o melhor, a preços acessíveis!

Diferentemente do que algumas pessoas podem pensar, a programação musical do CCBB não se restringe ao clássico. Atualmente, por exemplo, acontecem dois projetos muito interessantes nas sedes de São Paulo e do Rio que atraem um público diversificado. Em São Paulo, até o dia 5 de abril, ocorre a série Sai da Rede, destacando artistas que utilizam a internet como principal ferramenta para divulgação do seu trabalho. A programação está disponível no site do centro cultural.

Já no Rio, a série Lapa de Todos os Sambas retrata a retomada do gênero no bairro que voltou a ser o grande point carioca, resgatando a obra de compositores como Noel Rosa e Cartola. Até junho, haverá shows de Sururu na Roda (5 de abril), Batuque na Cozinha (19 de abril), Elton Medeiros (17 de maio), Edu Krieger (21 de junho), entre outros. O evento acontece sempre às terças-feiras, às 12h30 e 19h. E se você achou o horário meio ruim, vai meu depoimento: corri para o CCBB na minha hora de almoço para ver o Casuarina e garanto que valeu muito a pena.

CCBB Rio

Pesquisa
Jornal Extra - Roda de Samba

16 março, 2011

Por onde anda Byafra?


Seu nome, registrado na certidão de nascimento, é Maurício Pinheiro Reis. Nascido em Niterói, cidade da Região metropolitana do Rio de Janeiro, em 1957. Segundo sua página no Wikipédia este cantor possuí vários sucessos, que lhe renderam, inclusive, dois discos de ouro. Porém, a verdade é que quando pensamos em Byafra lembramos apenas de “Sonho de Ícaro” uma canção que diz mais ou menos assim... 

Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor...


Lembrou?

Depois da banda O Circo, que Byafra participou na adolescência, o cantor gravou algumas músicas que terminaram em trilhas sonoras de novelas globais, mas nada que marcasse sua carreira. Em 1998, antes do lançamento do álbum Ícaro, trocou o "i" pelo "y" em seu nome artístico (de Biafra para Byafra) para evitar aparecer na mesma página da guerra civil nigeriana. Alguns anos depois matriculou-se na UNIRIO e passou a cursar música na universidade.

Atualmente os shows são mais raros para Byafra, que, agora, só aparece na televisão quando imprevistos acontecem durante seu trabalho: o cantor gravava um vídeo, com seu maior sucesso dos anos 80 - e da vida - no Rio de Janeiro e quase voou, voou, subiu, subiu com o parapente que vinha por trás. 


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Por onde anda Ritchie?
Por onde anda aquele artista de apenas um sucesso? Estrelando Vanessa Rangel

14 março, 2011

Trilha do Filme – Trainspotting OST #1 e #2

Por Luiza Barros

(1.Lust for Life -Iggy Pop/ 2. Deep Blue Day - Brian Eno / 3. Trainspotting - Primal Scream / 4. Atomic – Sleeper / 5. Temptation - New Order/ 6. Nightclubbing - Iggy Pop /7. Sing - Blur /8. Perfect Day  - Lou Reed /9. Mile End - Pulp / 10. For What You Dream Of (Full-on Renaissance Mix) - Bedrock (feat. KYO) - 11. 2:1  -Elastica / 12. "A Final Hit" - Leftfield / 13. "Born Slippy .NUXX" - Underworld / 14. Closet Romantic  - Damon Albarn)





(1. Choose Life - PF Project featuring Ewan McGregor / 2. The Passenger - Iggy Pop  / 3. Dark & Long (Dark Train) – Underworld / 4. Carmen Suite No.2  -  Georges Bizet / 5. Statuesque -Sleeper / 6. Golden Years - David Bowie / 7. Think about the Way - Ice MC / 8. A Final Hit Leftfield  / 9. Temptation  -  Heaven 17 / 10. Nightclubbing (Baby Doc Remix) - Iggy Pop / 11. Our Lips Are Sealed - Fun Boy Three / 12. Come Together  - Primal Scream / 13. Atmosphere -Joy Division / 14. Inner City Life - Goldie / 15. Born Slippy .NUXX (Darren Price PPPPOPPI UPMix) Underworld)


Sabe aquela impressão de que uma certa música nasceu para estar num certo filme? Em "Trainspotting", de 1996, essa sensação se repete pelo filme todo. Não é por menos, a trilha do drama  ficou entre uma das dez melhores da historia do cinema numa lista de 2007 da revista "Vanity Fair". O mérito não se deve apenas ao fato da seleção ser realmente boa. A produção britânica não tratou apenas de escolher as faixas que simplesmente combinassem melhor com cada cena, e sim de trata-las como elemento essencial da narrativa (mas afinal, não deveria ser esse o papel de toda trilha sonora?).

Porém, para quem esta familiarizado com a história do longa, fica claro que o tratamento concedido à música não poderia ser outro. Baseado no romance homônimo de 1993 de Irvine Welsh, “Trainspotting” se passa na Escócia dos  anos 80 e é protagonizado por Renton, jovem viciado em heroína. Interpretado por Ewan McGregor, Renton é o narrador do filme. Cabe a ele contar os eventos, muitas vezes trágicos, que aconteceram com ele e seu grupo de amigos. A sinceridade ácida do protagonista se lança tanto ao submundo quanto à sociedade burguesa, e não deixa ninguém escapar, seja ele mesmo ou o público. O retrato cru de uma parte da juventude que, descrente e sem maiores perspectivas, mergulhava fundo no universo das boates e das drogas, serviu para chamar a atenção da critica. Mas acima de tudo, foi o tratamento pop que o diretor Danny Boyle deu à película que cativou a audiencia e fez o filme ser identificado com o « Cool Britannia », termo usado para designar a onda de produtos culturais britânicos surgidos na década de 90, dos hits do Oasis ou mesmo das Spice Girls às criações do estilista Alexander McQueen.

O status cult rapidamente conquistado pelo filme fez com que o sucesso da trilha sonora fosse maior do que o esperado. O primeiro disco, lançado alguns meses depois do longa, não foi suficiente para saciar o interesse do público. Por isso, no ano seguinte, foi feito um segundo volume. Nele, estão incluídas tanto faixas que ficaram de fora do disco anterior quanto musicas que não aparecem na versão final do filme, mas chegaram a ser consideradas pelos realizadores. No entanto, seja no primeiro ou no segundo volume, o mote é o mesmo: uma seleção caprichada de boa parte do que passeia na seara da música alternativa. As faixas  vão do proto-punk de vovôs como Iggy Pop e Lou Reed ao Britpop do Blur e do Pulp. Ao lado do rock, não poderia deixar de estar a música eletrônica, que vivia o seu auge: foram contemplados tanto pioneiros como Brian Eno quanto grupos que construiam o som eletrônico na Grã-Bretanha na época, como Leftfield e Underworld. No caso do ultimo citado, a consagração veio em muito por causa de “Trainspotting”. A inclusão do B-side “Born Slippy  NUXX” na trilha fez com que a faixa se tornasse o maior sucesso comercial do antigo trio.

13 março, 2011

Ouça as músicas do Last.fm no Google Chrome

Por Mariana Coutinho
A maior rede social de música no mundo, Last.fm, apresenta uma nova função. O site que já possibilitava que os usuários se conectassem com seus amigos e compartilhassem seu gosto musical, agora permite também que o usuário escute as músicas de seu extenso catálogo. Uma das principais funções do site era a possibilidade de se fazer scrobbler das músicas que você ouve no seu computador ou ipod. Era preciso baixar um plugin que identificava a música que você estava escutando no Windows Media Player ou no iTunes e acrescentava à sua biblioteca no Last.fm.

Agora, além desse scrobbler e da rádio (que é paga), os usuários do browser Google Chrome podem baixar um novo plugin. Essa ferramenta é associada ao navegador e permite a execução de toda a biblioteca do Last.fm, sem nenhum custo. Depois de instalado o plugin, basta entrar na página do Last.fm e escolher o que você quer ouvir.

Plugin do Last.fm: o ícone aparece no canto direito superior do browser
Para começar, acesse a página de um artista ou ritmo no Last.fm, ou ainda o perfil de um amigo para montar a sua playlist. Quando encontrar a música que quer ouvir, clique no player em azul claro que aparece antes do título da música. Automaticamente o plugin do Chrome monta a playlist e começa a executar as canções. Escutar em streaming tem os mesmos benefícios que o scrobbler clássico: se você estiver logado no site, as músicas são adicionadas no seu perfil e você pode marcá-las como favoritas.

Apesar de ser leve, o plugin não é tão indicado para quem dispõe de uma conexão instável ou lenta, porque a música pode ficar travando. Mas é uma ótima opção para escutar música em qualquer computador e a tendência é que essa ferramenta seja usada cada vez mais.


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12 março, 2011

I put a spell on you – Casey Abrams e Abracadabra


Algumas músicas são eternas. O tempo passa, podemos até esquecer o compositor, mas as letras continuam na cabeça para sempre. “I put a spell on you” é uma dessas canções que ultrapassam gerações. Lançada em 1956, a música foi escrita pelo agora esquecido Screamin' Jay Hawkins, um ator e músico estadunidense. Já foi regravada inúmeras vezes, mas, na minha cabeça, ainda é a voz de Bette Midler que embala os versos.

Se você tem cerca de 20 anos, aposto que acaba de se lembrar do filme mais reprisado na sessão da tarde: Abracadabra (1993). Na película, a atriz arrasou em uma divertida apresentação de “I put a spell on you” ao lado de Sarah Jessica Parker (bem antes do sucesso em Sex and the City) e Kathy Najimy. Um escolha perfeita para um filme sobre bruxas, magia e feitiços.

Sucesso do rock, é interessante lembrar que a intenção do compositor era bem diferente. Enquanto escrevia a música, Hawkins pretendia gravar uma balada romântica. Mas, segundo o cantor, o produtor deixou todos os músicos bêbados e eles gravaram a outra versão. Na verdade, ele nem se lembra do dia da gravação. A idéia do produtor mudou completamente o rumo da carreira de Jay Hawkins, que descobriu que sua capacidade vocal também se adaptava ao rock n’roll.

Em 2010, “I put a spell on you” foi regravada em prol das vítimas do terremoto que destruiu o Haiti. Este ano, a canção serviu também para mostrar o talento do jovem Casey Abrams. Os fãs do programa American Idol já devem conhecer o cantor. Ele, inclusive, foi a minha inspiração para escrever este post. Se você quer ouvir a famosa música em mais uma versão bem-sucedida, assista ao vídeo abaixo.  

11 março, 2011

A Liga da Justiça da Bahia


Além do hit Minha mulher não deixa não, o verão deste ano também foi contaminado pelo “vírus da kriptonita”. A praga surgiu na Bahia em novembro do ano passado e se espalhou por todo o Brasil, graças à banda LevaNoiz. Se você ainda não conhece, aprenda com o super-homem baiano André Ramon os passinhos da música Liga da Justiça:



O clipe e a letra são sensacionais. Primeiro, vamos a uma breve análise da composição. O Super-Man ficou fraco, porque o Pinguim (do Batman, sabe?) jogou kriptonita nele. Aí, o Lex Luthor e o Coringa, que se juntaram para ferrar o super-herói, aproveitaram e roubaram o laço da Mulher Maravilha. Com todo esse perigo, só restou ao casal fugir. *FIM* Faz todo sentido. Entendeu?

E para a história ficar ainda mais interessante, nada melhor que um clipe bem... exótico. Quem diria que um dia veríamos o Super-Man, o Lex Luthor, o Batman, o Coringa e a Mulher Maravilha (agora conhecida como “negona”) rebolando juntos ao som do axé, em uma dancinha sincronizada. Isso sem falar nas intervenções do Robin e do Coringa durante a música, com gritinhos frenéticos: “aaaaai!”.

No final, para completar a bela obra, uma homenagem do LevaNoiz aos companheiros de “Salvador City” Harmonia do Samba e Parangolé. Sim, eles merecem, porque são os Super Amigos!!!

Pois é, inacreditável...


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Trilha Especial - Hits de verão
A Melô do homem cachorrinho

09 março, 2011

A Melô do homem cachorrinho


O carnaval acabou e o Dia Internacional da Mulher já passou. Porém, esse início de ano deixa como legado a canção do homem cachorrinho: “Vou não, quero não, posso não minha mulher não deixa, não. Não vou não, quero não.” Agora é a mulher quem manda. (Será?)

O hit de autoria do grupo Aviões do Forró em parceria com o compositor Reginho tomou conta dos trios elétricos de norte a sul do país. Em Salvador, Ivete Sangalo brincou com a música em pleno dia da mulher: "Homem que é homem mesmo obedece a mulher. Você diz não vai, ele não vai. Você diz finge de morto, ele finge. Porque lá em casa é o seguinte, a última palavra é minha: 'Sim, senhor’”, disse Ivete no alto do trio, vestindo um biquíni de oncinha, para os milhares de foliões.


Mas a resposta veio rápido, com o mesmo tom e ritmo de gosto duvidoso, porque o homem não poderia aguentar tanta repressão nessa história da mulher ciumenta. Uma versão de autoria desconhecida da música repetiu o sucesso, dando a resposta: “Sim, eu vou sim, minha mulher não manda em mim”.

E agora, no mundo moderno de direitos iguais, quem manda em quem? Aqui em casa a última palavra é minha.


05 março, 2011

Lado B - Steven e Liv Tyler

Por Mariana Coutinho

Steven e sua filha Liv Tyler

Mesmo que Steven Tyler não fosse o líder do Aerosmith e Liv Tyler não fosse uma atriz de Hollywood, ainda assim essa história seria interessante. Nos anos 1970, a banda estava no auge do sucesso e Steven Tyler, no auge do seu vício em álcool e drogas. Foi nessa época que a modelo e groupie Bebe Buell engravidou do louco vocalista do Aerosmith.

Buell era conhecida por namorar rockeiros. Além de Tyler, ela teve relacionamentos com George Harrison, Jimmy Page, Mick Jagger, Rod Stewart, entre outros. A moça foi até inspiração para a personagem de Kate Hudson, Penny Lane, no filme Quase Famosos. Mas quando engravidou a situação foi diferente. Buell não queria um pai viciado para sua filha. E por isso, não contou a Steven sobre a gravidez e afirmou na época que o pai do bebê era seu novo namorado, o também músico Todd Rundgren.

Liv nasceu em 1977 e passou a infância em Maine e na Virginia, com a mãe, a tia e a avó. A menina cresceu pensando ser filha de Todd Rundgren. Não se sabe ao certo se foi aos 9 ou aos 11 anos que Liv descobriu a verdade sobre seu pai. Fato é que ela foi a um show do Aerosmith e lá conheceu uma das filhas de Steven, Mia Tyler, um ano mais nova do que ela. A semelhança física entre as duas deixou Liv desconfiada. Sem rodeios, ela perguntou à mãe se Steven era seu pai e Buell confirmou. Hoje, Liv e Steven Tyler tem um ótimo relacionamento. E ela também se dá muito bem com o pai adotivo, Todd.

Em 1993, Liv Tyler fez seu primeiro trabalho como atriz em um dos clipes da banda do pai. Ao lado de Alicia Silverstone, ela estreleou o vídeo de "Crazy". Além disso, Liv atuou no filme Armageddon, que tem quatro músicas do Aerosmith na trilha sonora, incluindo a famosa "I Don't Want to Miss a Thing".

Assista abaixo ao clipe de "Crazy", do Aerosmith, com Liv Tyler e Alicia Silverstone.



Veja também:

03 março, 2011

Sobre músicos e ditadores

Por Luiza Barros


Lionel Richie se apresenta diante da casa bombardeada de Muammar Kadhafi, em 2006


Kadafi, Kadhafi, Khadafi, Gaddafi, Qaddafi. Não importa como esteja escrito, o nome do ditador da Líbia é um dos mais mencionados no noticiário recente. A postura arrogante do ditador perante manifestantes que clamam por mais liberdade chamou a atenção do mundo inteiro, e acabou respingando no universo da música. Isso porque o clã dos Kadhafi tem, há anos, dado cachês bem gordos para estrelas internacionais em troca de shows particulares.

Entre essas estrelas, está a cantora Beyoncé, que como foi dito ano passado em A Trilha Sonora, recebeu em torno de R$2 milhões para se apresentar numa festa do filho de Kadhafi, Mutassim Bilal “Hannibal” (sim, o nome é exatamente esse que você leu). Hoje, 3 de março, a cantora afirmou que doou o dinheiro que ganhou na ocasião há mais de um ano. A antiga vocalista do Destiny's Child não é a primeira a tentar se desvincular da imagem de Kadhafi. Dois dias atrás, a canadense Nelly Furtado anunciou no twitter que doaria o milhão de dólares que recebeu para cantar para a familia do ditador na Itália, em 2007.

Nelly e Beyoncé não estão sozinhas. Na festa em que Beyoncé se apresentou, realizada na ilha caribenha de St. Bartes, estavam presentes ainda Jay-Z, o marido da cantora, e celebridades como Bon Jovi, Lindsay Lohan e Usher. Antes disso, Mutassim Kadhafi já tinha dado US$1 milhão a Mariah Carey por um show de apenas quatro músicas, no réveillon de 2008. Em 2005, o romântico Lionel Richie e o tenor José Carreras se apresentaram no que o governo da Líbia chamou de "concerto para a paz". O evento, realizado em frente à casa bombardeada de Kadhafi, na capital Tripoli, marcava os 20 anos da operação das forças armadas americana que atacou o país em resposta a um atentado em Berlim.

Manic Street Preachers tocam em Cuba, em 2001

Fora do exemplo libanês, há vários casos de estrelas que não resistiram ao cachê alto oferecido por ditadores conhecidamente cruéis. Um ano atrás, o ex-líder do Police, Sting, queimou feio a sua reputação de defensor dos direitos humanos ao aceitar mais de £2 milhões para tocar para a filha de Islam Kasimov. No poder do Uzbequistão desde 1991, Kasimov é acusado de assassinar seus inimigos políticos.

Da mesma maneira, até Bob Marley, lendariamente ligado ao pacifismo, chegou a tocar para Robert Mugabe e uma plateia de 10 mil pessoas, durante a festa de independência do Zimbabue, em 1980. O mais ironico de tudo, Marley não era a primeira opção de Mugabe. O presidente de um dos países mais pobres da África preferia o britânico Cliff Richards. Ainda no continente africano, James Brown e B.B. King, entre outros, se apresentaram na década de 70 para Mobutu Sese Seko, governante da República Democrática do Congo de 1965 a 1997.

Do outro lado do Atlântico, o caso mais recente foi o dos roqueiros do Manic Street Preachers, que tocaram para Fidel Castro em 2001. A banda galesa ainda aproveitou uma das falas do líder cubano para nomear o DVD que a viagem originou. "Louder than war" foi escolhido como título depois que Fidel, ao ser avisado que o som da banda era pesado, respondeu que não podia ser mais alto do que o barulho da guerra.

02 março, 2011

BandCentral: aprenda a fazer sucesso no mercado musical

Por Luiza Baptista


Este blog foi criado por cinco estudantes de jornalismo apaixonados por música. Aqui temos espaço para falar das novidades musicais, álbuns, shows, artistas e bandas. Aposto que você está aqui porque também adora o assunto, não é mesmo? Então, se você é um daqueles que levou o amor pela música a sério e possui sua própria banda, existe um site específico que vai te ajudar a fazer sucesso.

O BandCentral coloca à disposição do internauta recursos importantes para gerenciar uma carreira musical. O site possui um comunicador exclusivo para os membros da banda, um calendário para organizar eventos, uma lista para planejar ações futuras, um recurso para gerenciar o contato com os fãs (afinal, o que seria dos grandes cantores sem uma legião de fãs?), uma tabela para manter o dinheiro em ordem, entre outras funções.

Para ser bem sucedido no mundo da música é preciso mais que talento e dedicação, a organização é um quesito muito importante. Por isso, a intenção do site é colaborar com a administração do artista, ajudando-o a alcançar o tão esperado sucesso. O serviço do BandCentral não é gratuito, mas ele pode ser testado por 30 dias. Quem sabe o site não serve como inspiração para organizar sua carreira musical?

01 março, 2011

O Quartel General do Samba

Por Raiane Nogueira

Na contagem regressiva para o carnaval, A Trilha Sonora não poderia deixar de homenagear o bloco de rua mais tradicional do Rio, eternizado na marchinha composta por Vicente Paiva e Nelson Barbosa:



Quem não chora não mama
Segura, meu bem, a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta



É isso mesmo, estou falando do Cordão da Bola Preta, o “Quartel General do Samba”. Reza a lenda que o Bola surgiu quando, enquanto os membros do então bloco Só se bebe água organizavam um novo cordão, uma mulher linda de vestido branco com bolas pretas passou em frente a eles. E nada melhor que um belo rabo de saia para inspirar esses foliões. Assim, eis que surgia, em 1918, o Cordão da Bola Preta.

Desde então, são 92 anos lotando o centro da cidade no sábado de carnaval. O bloco sai da Cinelândia, a partir de 9h, e segue pela Avenida Rio Branco no sentido Candelária, sem hora para acabar. E só pela farra do desfile pré-carnavalesco que aconteceu na última sexta-feira, já dá para imaginar a grande festa que nos espera no fim de semana. Segundo os organizadores do evento, a prévia arrastou uma multidão de pelo menos 200 mil pessoas. É... o sábado promete!

E não fique triste quando o desfile terminar. Para a alegria dos cariocas, o Cordão da Bola Preta oferece uma animada programação fora de época. A nova sede do bloco, na Lapa, tem um boteco super charmoso e abriga vários eventos. Além disso, em breve, vai ser inaugurado no local um museu, para preservar a memória do Bola. Eu já trabalhei em frente à sede e de vez em quando ouvia umas marchinhas no horário do expediente. O clima é muito bom, faz a gente se sentir folião o ano todo.

Pesquisa: Lá Na Lapa