06 fevereiro, 2010

Trilha do Artista - Édith Piaf


No dia 19 de dezembro de 1915 nascia em Paris, Édith Piaf. Uma lenda conta que a cantora Annetta deu a luz à pequena Édith na calçada da Rue de Belleville. Uma lenda, como eu disse, já que a certidão de nascimento da menina citava o Hospital Tenon. Seja como for, Édith Giovanna Gassion não nasceu em um ambiente familiar convencional. Muito pelo contrário! Sua mãe era uma cantora frustrada; cantava por vezes em um Café e por outras na rua em troca de esmolas. Seu pai Louis-Alphonse, um acrobata de rua normando,também não lhe dava muita atenção.

Ainda muito criança, Édith foi deixada aos cuidados da avó paterna que simplesmente...era dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos Édith ficou cega por conta de uma inflamação na córnea. Reza mais uma lenda que a menina só ficou curada depois que as prostitutas da casa em que morava a levaram para pedir graças a Santa Terezinha. O fato é que Édith, a partir daí, ficou devota da santa e sempre lhe pedia graças.

Por volta de 1922, o pai foi buscá-la na casa da avó e levou-a com ele para suas apresentações em circos itinerantes e mais tarde em shows de rua. Aos 15 anos, Édith deixou o pai e juntou-se a uma amiga para cantar nos subúrbios de Paris. Ainda adolescente, experimentou a primeira paixão, pelo entregador Louis Dupont. Desse namoro nasceu Marcelle, única filha de Édith, que morreu aos 2 anos de meningite.

Quando tinha 20 anos, a cantora de rua conheceu Louis Leplée, dono de um cabaré na Champs Élysées. Foi ele que a batizou de “La Môme Piaf” e a iniciou na vida artística. ‘Piaf’ quer dizer algo como ‘pardal’, e ‘la môme’ (criança, pequena) se referia aos 1,42m de altura da moça. No ano seguinte Piaf já assinaria um contrato de gravação com a Polydor e lançaria ‘Les Mômes de La Cloche’, um sucesso imediato.


No final da Segunda Guerra Mundial, Piaf já era internacionalmente conhecida. Em 1945 compôs sua mais célebre canção: La vie en rose. Três anos depois, durante sua estadia nos Estados Unidos, ela conheceu o amor de sua vida; o pugilista Marcel Cerdan que, apesar de casado, iniciou um intenso romance com Piaf. No ano seguinte, Édith mergulhou em um mar de sofrimento; Marcel morreu em um acidente de avião. Nessa época Piaf começa a tomar altas doses de morfina todos os dias para aliviar a poliartrite aguda e a depressão pela perda do amante.

Daí para frente, Édith casou-se mais de uma vez, teve alguns romances não-oficializados, fez filmes e gravou muitas canções como Hymme à l’amur, Mon Dieu e Millord, mas não era mais a mesma. Um acidente de carro e as injeções de morfina combinados com um estilo de vida regado a exageros deterioraram ainda mais a sua saúde frágil. E aos 47 anos (1963), Édith Piaf morreu, já em coma, em conseqüência de uma hemorragia interna.

Apesar de uma vida sofrida, Piaf não era uma mulher infeliz e não se queixava do destino; como canta na música Non Je Ne Regrette Rien (Non! Je ne regrette rien/ C'est payé, balayé, oublié/Je m'en fous du passé – Não! Eu não lamento nada/Está pago, varrido, esquecido/ Não me importa o passado) que você pode assistir abaixo:



Em 2007 foi lançado um filme biográfico de Édith Piaf: ‘La Môme’, que em português se chama ‘Piaf – Um hino ao amor’ com uma interpretação maravilhosa de Marion Cotillard que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Para ver o trailer do filme clique aqui.

Pesquisa: Wikipedia, Terra, Filme 'La Môme' (2007)

Um comentário:

  1. Um dos filmes mais emocionantes que vi, toca a alma, nos remete ao mais profundo sentimento de amor puro, nos faz pensar o quanto devemos amar as pessoas que nos cercam.
    Chorei demais, fiquei engasgada horas depois, essa mulher foi uma guerreira no mais amplo sentido da palavra, passei a ser sua fã. Que esteja em paz!

    ResponderExcluir

Sugira, comente, manifeste-se sobre esse post!