Last.fm: o “orkut” dos fãs de música

Por Luiza Barros

O meu próprio perfil no last.fm...

O Trilha Virtual de hoje vai falar sobre uma ferramenta essencial para quem é apaixonado por música: o last.fm, rede social focada no assunto. Funciona assim: você faz o cadastro no site e baixa um software chamado scroobler. Com ele, todas as músicas que você escutar em seu computador ou iPod serão memorizadas pelo site, gerando uma biblioteca. Isso vai permitir que ele trace um perfil do seu gosto musical e partir daí possa te indicar novos artistas parecidos com os que você já gosta, além de sugerir shows próximos à sua região.

No perfil do usuário, são exibidos os artistas e músicas mais ouvidos. Você ainda pode criar listas, atuar em comunidades e comparar o seu gosto com o de seus amigos: quando você entra no perfil de alguém, um gráfico revela a sua “compatibilidade musical” com aquela pessoa. Saber disso antes evitaria muitos divórcios, não é mesmo? E não é a toa que o last.fm também te apresenta seus “vizinhos”, que lá podem morar em qualquer lugar do mundo, mas que da Islândia ou do Congo escutam a mesma coisa que você.

Outro recurso interessante é o das tags: quando você escuta uma música, você pode classificá-la de acordo com o gênero: pop, indie, jazz... Não é todo mundo que gosta de encaixar artistas numa categoria, mas a verdade é que ajuda bastante na hora de descobrir coisas novas. Afinal, imagina que confusão ficaria uma loja de discos se não fosse por essas divisões?

Agora, a explicação para “.fm” no nome do site: a last também atua como rádio online. Na verdade, como várias rádios: dá pra ouvir a rádio de cada tag que lá existe, além da rádio personalizada montada através do seu gosto ou dos seus amigos. A pena é que em abril deste ano ela deixou de ser gratuita, pelo menos para usuários que moram fora da Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Ao resto do mundo, o site exige uma taxa de três euros por mês. Um verdadeiro tiro no pé, já que o site diz em seu “sobre nós” que “sempre teve por objetivo democratizar a cultura da música”...

Mas sem problemas. Dá pra aproveitar todos os outros excelentes recursos, e bem, caso os administradores do last.fm não saibam... eles não são os únicos que oferecem música na internet, certo?