“Garçom, desce uma porção de batata frita” que vamos começar a contar a história da banda que esquentou os verões dos anos 80: Blitz. Segundo o ex-baterista da banda, Lobão o nome foi escolhido pois eram muito parados pela polícia. Era época que os rockeiros podiam tudo, ou achavam que podiam.
A praia carioca do Arpoador era o “point da galera” e as lonas do Circo Voador estavam armadas quando surgiu a banda liderada pelo menino do rio, Evandro Mesquita. Formada no Rio de Janeiro, em 1980, a banda Blitz nasce junto com bandas como Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso, que juntos impulsionaram o chamado Rock Brasil.
Evandro Mesquita era o vocalista de voz arrastada e também guitarrista; Antônio Pedro Fortuna fazia o outro violão; no baixo, William Forghieri – o Billy, que também fazia as vezes no teclado; na batera, o polêmico Lobão; como backing vocals Fernanda Abreu e Marcia Bucão.
Na Zona Sul do Rio, a banda tocava em palcos improvisados de bares lotados. Graças ao sucesso, logo o grupo grava o primeiro compacto “Você não soube me amar”, que tinha apenas essa música – aliás, o maior sucesso deles. No lado B uma voz dizia “nada, nada, nada...”.
O sucesso foi tão grande que, no mesmo ano de 1982, a Blitz gravou o primeiro LP: As aventuras da Blitz. Evandro Mesquita e sua trupe estavam cada vez mais na boca do povo e consolidavam o grupo como fenômeno de massa. No ano seguinte saiu Rádio Atividade, o segundo disco, que continha o mega sucesso “Estou a Dois Passos do Paraíso”. Mas logo depois do terceiro álbum, a Blitz sofre a primeira grande perda. Lobão, o baterista, sai da banda no auge do sucesso. No lugar do rockeiro entra Juba.
A Blitz tinha um rock leve e letras deliciosamente bem humoradas, vindas da influência do grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone. Evandro Mesquita fez parte desse grupo que abalou as estruturas do show business carioca. Era ele o principal compositor da banda.
Era essa ligação com o teatro que fazia da Blitz uma banda inclassificável. Era um espetáculo músico-teatral, em que Evandro conversava com as garotas do backing vocal. Esse toque descontráido era sutilmente dirigido por Patrícia Travassos, que hoje é apresentadora de TV, mas naquele tempo fazia parte da trupe Asdrúbal Trouxe o Trombone. Foi esse show leve e descontráido, que empolgou a plateia do primeiro Rock In Rio (1985).
Enfim, o sucesso esfriou. Em 1990, Fernanda Abreu resolve seguir carreira solo. O sucesso não é mais o mesmo. Desde então, a banda gravou quatro CDs, um em 2009 o “Eskute”.
A banda continua na ativa, faz shows de vez em quando e apresentações na TV. Porém a formação é diferente, exceto por Evandro Mesquita, Juba e Billy que ainda tocam adiante os trabalhos da Blitz.
realmente, essa banda era a minha preferida dos meus anos douradosda decada de 80...
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