É difícil achar um meio termo para musicais. Ou se adora, ou se odeia. Eu particularmente adoro. Contarei nesse texto então, de onde surgiu a minha paixão por musicais, ou mais especificamente por um musical: ‘The Sound of Music’, ou na tradução um tanto inapropriada ‘A Noviça Rebelde’.
Quando eu tinha uns 3 anos, minha avó resolveu gravar para mim em VHS o filme que passaria numa dessas sessões da madrugada na TV aberta. Mas na hora H, dona Cléa se enrolou com a nova tecnologia do vídeo cassete e acabou perdendo os 5 primeiros minutos do filme. Sem problemas, num longa com mais de 2h, o que são 5 min? Pois eu passei a infância inteira assistindo a aquela fita sem saber da existência da primeira cena.
Quando completei 10 anos, já estava em alta uma nova tecnologia que deixaria minha avó ainda mais atrapalhada, o DVD. E eu gastei toda a minha mesada num disco do meu filme favorito. Só então em posse do DVD pude ver a primeira e mais famosa cena de ‘The Sound of Music’, a jovem Julie Andrews rodopiando pelos campos austríacos e cantarolando a plenos pulmões “The hills are alive with the sound of music” na canção-título do longa.
Em 1949 Maria Augusta von Trapp publicou seu livro de memórias( The Story of The Trapp Family Singers) , que inspirou um musical da Broadway em 1959 com canções de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. A peça, por sua vez, inspirou o filme que foi lançado em 1965 e ganhou cinco Oscars, incluindo o de Melhor Filme. A sinopse era a seguinte: Salzburg, Áustria, últimos anos da década de 30. A jovem noviça Maria (Julie Andrews) não consegue se adaptar aos hábitos do convento e é mandada pela Madre Superiora para a casa do viúvo Capitão von Trapp (Christopher Plummer) para ser governanta dos seus 7 filhos. Contrariada, a noviça se arrisca fora do convento para descobrir se tem mesmo vocação religiosa. No final Maria conquista o coração das crianças e do rígido capitão, é claro. Mas o ‘happy ending’ é adiado. O capitão é convocado a servir o partido nazista e tem que fugir com a família para a Suíça (na vida real, os von Trapp se refugiaram nos EUA).
O musical lançou músicas famosas como ‘My Favorite Things’, ‘Climb Ev’ry Mountain’, ‘Do-Re-Mi’ e ‘Sixteen Going on Seventeen’. Além dessas, uma música que adoro é ‘Edelweiss’ que tem um papel importante na trama mostrando todo o patriotismo da família von Trapp em contraste com o Anschluss.
Ano passado pude assistir também ao musical ‘A Noviça Rebelde’, montado aqui no Brasil com a talentosíssima Kiara Sasso. A peça ficou em cartaz por cerca de um ano no Rio de Janeiro e depois foi para São Paulo. O ingresso foi salgado, mas valeu muito a pena. Cenário e figurino eram impecáveis, e a orquestra sozinha já valeria a apresentação.
A peça começa com as freiras andando em meio ao público em direção ao palco cantando a cappella. É de arrepiar! O espetáculo no geral é maravilhoso. Destaque para o tio Max de Fernando Eiras, e o Capitão von Trapp de Saulo Vasconcelos.
Abaixo, assista Kiara Sasso (Maria) e Mirna Rubim (Madre Superiora) cantando ‘Coisas que eu amo’ no Programa do Jô:
Aiii Mari! Que gracinha a história! Tb amo musicais, vi "The sound of music" há mto tempo, mas gosto bastante. Meu preferido é Chicago!
ResponderExcluirAdorei o post! Você escreve muito bem ;D
Beijo!