07 junho, 2010

Rio das Ostras Jazz & Blues Festival




Rumo a Costa do Sol, sob uma chuva fina que insistiu em cair nos cinco dias do Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras. O frio deste outono não assustou os mais de 40 mil que viram atrações nacionais e internacionais, como Armandinho Macêdo, Stanley Jordan e o contrabaixista Ron Carter. A cada dia do festival, cerca de 10 mil pessoas se apertavam e tentavam espantar o frio no palco principal: Costazul. Espalhados pela orla, três outros palcos ainda continuavam a festa durante o dia.

Segundo o prefeito de Rio das Ostras, todos os seis mil quartos da rede hoteleira da cidade ficaram ocupados na semana do festival. Carlos Augusto Balthazar disse que "o festival impulsiona o turismo regional e é o maior evento do interior do estado em termos de fluxo turístico". Em oito edições, o Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras já pode se orgulhar de ser o maior do Brasil e, segundo a crítica especializada, o 10° melhor do mundo inteiro.

Na quinta-feira à noite e no fim da tarde de sexta o público foi a delírio com as guitarras de Stanley Jordan e o brasileiro Armandinho Macedo, que, detalhe, deu um espetáculo a parte em seu cavaquinho elétrico e a versão do Bolero, de Ravel. À noite, no palco principal, o trio de Jazz formado pelos sensacionais Ron Carter, Russell Malone e Mulgrew Miller abriram os trabalhos, na foto abaixo, sob um público empolgado e respeitoso, que sabe que um festival de Jazz e Blues no Brasil é raridade.


Causo do Festival: Enquanto voltava para casa, me esquivando das pessoas, escuto do outro lado da rua um senhor que tocava sua guitarra Fender, já gasta pelo tempo. Era Sérgio Bap, que mesmo sem ser convidado para o festival fez o próprio espetáculo, numa varanda de uma pequeno bar, para alguns curiosos que passavam pela rua.

Para quem não sabe, Sérgio Bap é um dos fundadores do Blues Etílicos, maior grupo de Blues do Brasil. Sérgio é um dos melhores guitarristas brasileiros, mas, sem espaço, toca no centro do Rio Janeiro sem cachê, ou pelo preço da venda de um dos seus discos. A banda de Sérgio Bap não passa de um MP3, com arranjos eletrônicos.


Um comentário:

  1. Vida longa ao festival do Rio das Ostras! Ainda não tive o prazer de ir, mas prometo para o próximo ano! - O fato de a cidade ficar cheia para acompanhar o festival mostra que o Brasil ainda tem a esperança de que sua população um dia saia da caverna.

    Valeu!

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