31 dezembro, 2009

Trilha Especial - Os piores da década


31 de dezembro de 2009, último dia de uma década inteira. E como final de ano é tempo de nostalgia que tal relembrar o que se passou nos últimos dez anos? Mas você prefere primeiro as notícias boas ou as ruins? Ok, ok, comecemos pelas ruins. Ou melhor, as 10 piores coisas dessa década para os fãs de música. Lembrando que a numeração da lista é só para organizar, sem nenhum tipo de hierarquia. Bem, vamos lá...

1) O ‘créu’ e as mulheres fruta

Desde de 2000 o funk carioca dominou as rádios, as boates e...bem, praticamente todos os lugares agora com esses potentes sons de carro. De Tchutchuca, passando por Um tapinha não dói e Eguinha Pocotó, chegamos ao...Créu. Sim, com apenas uma palavra o Mc Créu dominou as paradas e lançou para a capa da Playboy uma de suas dançarinas, a Mulher Melancia. E eu não tenho palavras para comentar esse sucesso. Só continua essa letra a martelar na minha cabeça. E me lembro de repente de uma versão gravada por um grupo religioso “Céu, céu, céu”. Impressionante como uma letra muda tudo...ou melhor...não muda nada!

2) Cantores no Rehab

Não há dado que comprove, mas é bem provável que nos últimos dez anos as estrelas do mundo da música tenham passado mais tempo numa clínica de reabilitação do que num estúdio de gravação. Um dos primeiros foi Pete Doherty, ex-Libertines e atualmente... ei, espera, será que ele ainda canta mesmo? O menino parece que só veio ao mundo para se drogar, comparecer a tribunais e arruinar Kate Moss. Tivemos ainda Britney, que não aguentou a pressão da fama, perdeu a cabeça metaforicamente e os cabelos literalmente e depois se recuperou, e claro, Amy Winehouse, que ganhou fama cantando que não iria para o Rehab. Acabou indo, voltou, foi de novo... o final da história vocês podem acompanhar no site de fofoca mais próximo.

3) Calipso (tecnobrega)

Soltem os cabelos, porque o calipso chegou com tudo. E não adianta reclamar da voz fina da Joelma e das letras melosas. A Banda Calypso já gravou até comercial de marca de esponja de aço. Já o Calcinha Preta que fez um sucesso danado porque emplacou ‘Você não vale nada mais eu gosto de você’ na novela das oito, cantou até com Roberto Carlos no último especial de final de ano da década. Apesar da pouco qualidade musical, o calipso foi um dos ritmos que embalaram nos anos 2000. Do Pará para o mundo. E que Deus nos acuda!

4) Emocore

Adolescentes sempre foram chatos e irritadiços. O problema é que nesta década alguns resolveram exteriorizar isso através do hardcore. Sem mal saber com quantas cordas se faz uma guitarra, garotos de franja do mundo inteiro atingiram o estrelato dizendo como a vida deles é ruim e como isso tudo é tão chato, nas piores letras e arranjos possíveis. Conseguiram o que queriam. Eles estão super felizes com o dinheiro arrecadado em discos, munhequeiras e cintos de rebites, e nós, deprimidos, com a capacidade do ser humano de fazer música ruim.

5) As "estrelas" do SBT

Em 1999 foi criado na Nova Zelândia um reality show chamado Popstars. E como nada se cria, tudo se copia, logo teríamos uma versão brasileira no canal SBT. A primeira versão do programa formou o grupo Rouge, com 5 garotas que logo tomaram as rádios com o hit Ragatanga (Asereje), que tinha uma coreografia parecida com a Macarena. A segunda edição do programa formou um grupo masculino de menor sucesso chamado Br’oz, que mesmo assim emplacou um hit que ainda hoje perturba nossas memórias. Você deve se lembrar: “Sim, sim, sim, esse amor é tão profundo. Você é minha prometida e eu vou gritar pra todo mundo”. Como se não bastasse, alguns anos depois o SBT colocou no ar a novelinha mexicana ‘Rebelde’, que fez deslanchar por aqui um grupo chamado RBD. Em pouco tempo era comum ver pré-adolescentes com roupas de colegial cantando ‘y soy rebelde’ por aí.


6) Popstars 'virgens' do Disney Channel

A Disney pode ser maravilhosa quando cria seus contos de fada, mas ela também é a empresa responsável por produzir boa parte do pop descartável americano que chega até nós. Com foco nos tweens (crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos), o conglomerado foi o responsável pela criação das atrizes-cantoras Lindsay Lohan, Hillary Duff, Miley Cyrus e tantas outras, assim como das franquias High School Musical, com Zac Efron e Vanessa Hudgens, e Camp Rock, com Demi Lovato e (não!) Jonas Brothers. Nos filmes e séries, o bom-mocismo reina. Já na vida real, a coisa é bem diferente. A Disney parece se preocupar mais com a imagem de suas estrelas do que elas mesmas, constantemente flagradas em fotos sensuais na web. Enquanto isso, os Jonas Brothers pregam o uso do anel de castidade... Resumo: tirem as crianças da TV e as deem um livro.

7) Latino - O Retorno

A carreira do Latino começou lá em meados dos anos 90 com as péssimas Me Leva, Só Você e aquela música chatíssima que ele cantava com a Angélica, Sonhos. Por muitos anos Latino sumiu das rádios e da televisão. Mas em 2005 ele voltou. Primeiro como compositor da música “Tô nem aí”, em parceria com Luka, e depois com seu próprio sucesso, ‘Festa no Apê’, uma péssima versão para a música ‘Dragostea Din Tei’. Se como eu, você achou que a coisa ia parar por ai, deve ter se surpreendido ao ligar a TV no programa do Faustão e ouvir ‘Renata’ (Ingrata!) e uma regravação de ‘Amante Profissional’. Agora não tem jeito amigos, o Latino parece ter voltado para ficar. Ele mesmo já tirou nossas esperanças de mais um sumiço: "tamô junto e misturado". Fazer o que?

8) Preço astronômico dos ingressos para shows internacionais

Beleza, nunca teve tanto show internacional como agora na terrinha, mas eles também nunca estiveram tão caros. Que adianta saber que Franz Ferdinand e Coldplay vão estar no Brasil em março de 2010 se você não vai ter dinheiro para ver os dois de qualquer maneira? O setor culpa a meia-entrada e a imprensa embarca, mas você realmente acha que os preços vão cair se regulamentarem a carteirinha de estudante?

9)As 'musas' do axé

Mas quem se destacou mesmo nessa década na música brasileira foram Ivete Sangalo e Cláudia Leite. Claro que as duas são bonitas, simpáticas, tem vozes potentes e uma energia invejável. Mas o circo que se formou em volta delas e um número exagerado de aparições deixou a coisa toda muito cansativa. Todo domingo era dia de ver uma das duas (ou as duas) em programas de TV cantando alguma coisa que fazia o público ‘pular que nem pipoca’. Fora as micaretas que tomaram conta de todo o país e você ainda vê nas ruas muita gente vestindo os ingressos, ou melhor, os abadás, dos shows que já passaram. Na verdade o problema é que as ‘musas’ do axé apareceram demais, tocaram demais, e cansaram um pouco o público.

10) A morte de Michael

Tudo na morte de Michael Jackson foi ruim. Não apenas o fato em si, mas todo o contexto. O rei do pop foi embora justamente quando ensaiava um retorno triunfal, deixando muita gente com ingresso na mão. Inesperada mas não inexplicável, a morte de MJ chocou e colocou a sua complicada biografia em foco de novo. Não bastasse a tristeza do acontecimento em si, a família de Michael mais uma vez resolveu se aproveitar. O velório se transformou numa festa, e aconteceu o que Michael menos quis em vida: seus filhos foram expostos. E sim, ainda deram espaço para a La Toya falar algumas bobagens.

Ainda hoje postaremos a lista com as 10 melhores coisas da década. Aguarde!

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