31 dezembro, 2009

Trilha Especial - Os melhores da década


Agora que você já conferiu o pior do mundo da música nos anos 2000, na primeira parte do nosso especial (Parte I - Os piores da década), está na hora de apreciar as 10 melhores coisas para os fãs de música nos últimos 10 anos. Lembrando que a numeração é apenas para organização e não determina nenhum tipo de hierarquia. Divirtam-se...

1) Revolução Musical na Internet

Em todo o século XX, vimos a tecnologia levar a música para formatos cada vez mais eficientes. Mas a internet mudou tudo. Não mais presa a suportes tradicionais como o CD e o vinil, cada faixa pode ser adquirida separadamente, e acima de tudo: gratuitamente. A Indústria Cultural nunca se viu tão abalada. Por mais que suas organizações tentem se proteger, através de processos e clamando por direitos autorais, a cada site que sai do ar, mais cinco aparecem. E enquanto tem muita gente perdendo dinheiro nessa briga de gato e rato, outros aproveitam para faturar: artistas são revelados cedendo suas músicas no MySpace, e até veteranos se arriscam, como o Radiohead, que disponibilizou todo o conteúdo do seu último disco pelo preço que o consumidor quiser pagar.

2)Nova geração do samba e da MPB

A nova música popular brasileira está cheia de novos talentos que despontaram nessa década, são eles: Vanessa da Mata, Isabella Taviani, Jair Oliveira (o Jairzinho), Pedro Mariano, Ana Carolina, Fernanda Porto, Simoninha,Céu, Ana Cañas, Zeca Baleiro e a iniciante Maria Gadú, dentre outros. Também pudemos observar uma nova geração de sambistas nascendo nos anos 2000 como Maria Rita, Diogo Nogueira, Roberta Sá e Teresa Cristina, que foi indicada ao melhor disco de samba no Grammy Latino de 2003.

3)Indie salva o Rock (ou não)

A tag é polêmica e recusada por muitos, mas a verdade é que grande parte das melhores bandas que surgiram nos anos 00 estão, queiram ou não, dentro dela: Arctic Monkeys, Franz Ferdinand, The Killers, e claro, The Strokes, só para citar as maiores (e melhores). Com camisetas pólo, Ray-Ban Wayfrayer e o insuportável jeito blasé de ser, eles foram os grandes responsáveis por trazerem algo de novo para o rock, mesmo que muitas vezes reciclando o pós-punk. Mas isso é vintage, gente!

4) Retorno dos musicais às telas do cinema

Até a década de 70 tínhamos muitos musicais nos cinemas, de Cantando na Chuva, West Side Story, My Fair Lady e A Noviça Rebelde até Hair e Grease. A partir da década de 80 os musicais foram desaparecendo das telonas e os poucos produzidos até os anos 90 não tiveram tanto destaque, com exceção apenas de Evita(1996), estrelado por Madonna. Mas nos anos 2000 esse tipo de filme voltou a chamar atenção. Os musicais de agora podem não ser mais tão inocentes, mas ainda são, de certa forma, mágicos.

Moulin Rouge (2001)abriu a década falando de amor, e não havia local mais propício do que Paris. Chicago (2002) não tinha uma história tão rica, mas com um elenco tão talentoso não poderia deixar de ganhar o Oscar de melhor filme do ano. O divertido Os Produtores (2005) traz no elenco Nathan Lane, Matthew Broderick e UmaThurman. Across the Universe transforma músicas dos Beatles em uma história com tudo que o público gosta: amor, amizade, rebeldia e uma guerra, é claro. Hairspray (2007) é pura animação, destaque para John Travolta, no papel da simpática Edna Turnblad. O contagiante Mamma Mia (2008) trouxe nada mais, nada menos que Merryl Streep, e os três ex-namorados que disputam a paternidade de sua filha.


5) Brasil entra na rota das turnês internacionais

“Obrigado, Brazil!” Nunca antes na história deste país tantos gringos repetiram a mesma frase em nossos palcos. Finalmente nossos produtores ficaram mais corajosos e conseguiram trazer artistas de fora para tocar aqui, mesmo os que ainda não foram consagrados e que jamais lotariam o Maracanã. A década começou com o retorno do Rock'n'Rio em 2001, que teve Guns'N Roses, Red Hot Chilli Peppers e vaias para Britney Spears, por ter exibido a bandeira americana em sua apresentação. Depois, vimos novos festivais patrocinados surgirem, como o (já extinto) Tim Festival e o Planeta Terra, que trouxeram muita gente bacana pra cá.

6) O ipod

Um dos maiores avanços musicais que tivemos nessa década não foi uma banda, nem um novo estilo, mas uma nova tecnologia: os mp3 e ipods. Os pequenos aparelhinhos revolucionaram nossa forma de escutar música. iPod, a marca da Apple, junta ‘Portable on Demand’ (POD), algo como ‘portátil desejado’, com ‘i’, ou seja ‘eu’ em inglês; e não é à toa. Com um mp3 ou mp4 você pode escutar música onde quiser, sem complicação, da forma que desejar. Agora suas viagens de ônibus e caminhadas matinais tem trilha sonora. A trilha que você escolheu.

7) Guitar Hero

Um joguinho descompromissado, que consiste em apertar as teclas certas, na hora certa. E que mesmo assim, levou o mercado da música para um outro suporte: o dos games, a indústria do entretenimento que mais faturou no ano passado. Desenvolvido pela Hamornix, o game se popularizou em pouquíssimo tempo e gerou o Rock Band, em que não há apenas a guitarra, mas também bateria e microfone. Várias sequencias já foram lançadas, inclusive algumas dedicadas inteiramente a uma só banda, como o Guitar Hero: Metallica, Guitar Hero: Aerosmith e o mais recente objeto de desejo, The Beatles: Rock Band.

8) Montagem de musicais no teatros brasileiros

Há tempos não se montavam grandes musicais no Brasil. Mas nos últimos anos dessa década tivemos vários. Os grandes ‘culpados’ dessa invasão de musicais aos palcos brasileiros são os diretores Charles Möeller e Cláudio Botelho, que começaram uma bem-sucedida parceria no final dos anos 90. No início dessa década montaram os musicais ‘Cole Porter – Ele nunca disse que me amava’, ‘Company’ e remontaram ‘Suburbano Coração’ de Naum Alves de Souza e Chico Buarque. Em meados dos anos 200o vieram ‘A Opera do Maladro’ e ‘Sweet Charity’, inspirado no filme ‘Noites de Cabíria’ de Fellini. Já no final da década montaram ‘Sassaricando’, ‘7 –O Musical’ e o aclamado ‘Beatles num Céu de Diamantes’. Depois vieram ‘A Noviça Rebelde’, ‘Gloriosa, A Vida de Florence Foster’ com Marília Pêra e agora a mais nova investida dos diretores ‘O Despertar da Primavera’. Outro que teve um papel importante nas montagens de musicais foi o versátil Miguel Falabella que dirigiu e atuou em ‘Os Produtores’ e agora dirige ‘Hairspray’.

9) Radiohead e a consagração mundial

Formado em 1988, o Radiohead não é um filho do século XXI. Mas, depois de estourar com The Bends, de 1995, e ganhar o apoio incondicional da crítica dois anos depois com OK Computer, a banda de Thom Yorke conseguiu não só manter a qualidade como ampliar seus horizontes nos anos 00. Primeiro com os controversos Kid A e Amnesiac e depois com Hail To The Thief, e o trabalho mais recente, In Rainbows, que inovou no lançamento (veja o item número 1 da lista) e finalmente trouxe os ingleses para o Brasil, em um espetáculo memorável que contou ainda com Kraftwerk e Los Hermanos.

10) Nova geração de Soul e R&B

A primeira década do século XXI foi marcada pela nova geração de cantores de soul e R&B. O grande destaque é Amy Winehouse que despontou com um estilo que lembra as divas do rhythm and blues, com as músicas Rehab e Back to Black, algumas das melhores dessa década aliás. Outra que chamou a atenção foi a inglesinha Joss Stone. E não podemos esquecer do badalado Black Eyed Peas e das popularíssimas Beyoncé, Rihanna e Alicias Keys. Esses últimos têm um estilo que mistura pop e hip-hop, mas são considerados por muitos críticos como pertencentes ao R&B.




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