27 março, 2010

27 de março, Renato Russo completaria 50 anos


Somos os filhos da revolução/Somos burgueses sem religião/Somos o futuro da nação/Geração Coca-Cola”. Nem perto de ser uma ode à empresa norte-americana, a composição de Renato Russo critica o estilo desta época. Porém, o compositor que completaria 50 anos neste sábado é um dos maiores ídolos da “Geração Coca Cola”. Pode parecer contraditório, mas não é. O carioca, filho de classe média, que agitou Brasília e morou em Nova Iorque por conta da profissão do pai, é considerado um dos maiores compositores do Rock brasileiro, quiçá da música nacional.

Renato Manfredini Júnior não é apenas ídolo de uma geração, mas do futuro da nação. Renato Russo, que escolheu esse nome inspirado no iluminista Jean Jacques Roussaeu, vendeu cerca de 20 milhões de discos em vida. E continua a ser um dos mais procurados artistas da gravadora EMI, mesmo depois de 14 anos de sua morte. Segundo site em homenagem ao cantor, neste sábado, 27 de março, será lançado mais um disco póstumo: Renato Russo: Duetos. O quinto nesse estilo envolvendo Renato.

A carreira do artista começou em Brasília, na banda com viés Punk Aborto Elétrico. Porém, o grupo não durou muito tempo. Depois de quatro anos de brigas entre Renato Russo e o baterista Fê Lemos, os músicos se separaram. Eram quatro os integrantes do Aborto Elétrico: os irmãos Felipe Lemos (Fê) na bateria e Flávio Lemos no baixo elétrico, do sul-africano André Pretorius na guitarra e Renato Russo nos vocais.

Desacompanhado, Renato passa alguns meses se apresentando como o Trovador Solitário por Brasília. Foi nessa época que ele admitiu ser bissexual e que o grande amor da sua vida era o americano Robert Scott Hickman, que morava em São Francisco, nos Estados Unidos.

Entre o backstage das apresentações na Capital Federal, Renato Russo conheceu Marcelo Bonfá, baterista da banda Dado e o Reino Animal. Os dois se juntaram com o guitarrista Kadu Lambach e o tecladista Paulo Paulista e fundaram uma das maiores bandas do rock nacional: a Legião Urbana. Porém, a formação ainda não estava definida. Depois de idas e vindas de baixistas e guitarristas, a Legião Urbana se definiu com Renato Russo, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá. Foi esse trio que gravou oito discos de estúdio, mais três ao vivo e virou ídolo de uma geração inteira, que faz questão passar esse gosto para frente.

Nos palcos, Renato era polêmico: brigava com a plateia quando se sentia desrespeitado ou hostilizado, e não levava desaforos pra casa. Junto da família era carinhoso, inclusive com seu filho, Giuliano Manfredini. Filho de um caso furtivo, o menino tem 20 anos e tenta seguir os passos artísticos do pai, que morreu ainda quando era criança, com seis anos de idade.

Na última apresentação da banda, em Santos, em 1995, Renato Russo cantou deitado no palco por 45 minutos, após ter sido atingido por uma latinha vinda da plateia. Ele morreu em seu apartamento, na zona sul carioca, em 11 de outubro de 1996, vítima de complicações causadas pelo vírus HIV, com apenas 45 quilos.

Veja também: Trilha Antiga de Legião Urbana I, primeiro disco da banda de Renato Russo.

Um comentário:

  1. Legião foi um marco na história nacional, e não é esquecida até hoje. Importante homenagear Renato. Gostei.
    Bjs

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