02 março, 2010

Capas de discos históricas – Sticky Fingers (1971)



O paredão do BBB pode dar o que falar no twitter, mas a verdade é que para quem acompanha este blog, a enquete da Trilha Sonora é a disputa mais acirrada da semana. Cada hora que entro aqui vejo um resultado diferente, e no momento os paleozóicos Rolling Stones conseguiram a proeza de abocanhar 50% dos votos totais. Nada mais oportuno do que continuar a saga iniciada por Robson Sales das capas de discos mais célebres da história relembrando a de Sticky Fingers, de 1971.

Só pelo seu autor, a capa já merece destaque: ela foi idealizada por ninguém menos que o dândi Andy Warhol. Não que a figura precise do nome de Warhol para chamar a atenção. Afinal, vocês podem ver como ela é indiscreta na foto acima. Eu consigo imaginar adolescentes desajeitados da década de 70, com as suas espinhas e camisas listradas, escondendo o disco dos olhos das recatadas mamães.

Isso fica mais interessante ainda se você souber que na versão original o zíper da calça era de verdade, podendo ser aberto (calma, o homem desconhecido estava de cuecas). Nota 10 para a criatividade, zero para a praticidade: a brincadeira com o tal zíper acabava arranhando o disco, o que fez a gravadora Atlantic chiar e ameaçar processar o responsável pela feitura da capa, Craig Braun. As lojas de departamento também reclamaram. Não bastasse a indecência, o disco também era difícil de guardar e estragava as capas de outros.

No aspecto gráfico Sticky Fingers ainda tem outra curiosidade: foi o disco que introduziu a figura icônica da língua para fora, reconhecida hoje como “língua dos Rolling Stones” por qualquer criança que já tenha aprendido a falar (e a ouvir música, claro). Quanto ao conteúdo, este merece um outro post: dentro desse jeans apertado há mais do que você pode imaginar: clássicos como Brown Sugar, Wild Horses , Sister Morphine e Dead Roses.

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